Bitcoin segue em compasso de espera após corte de juros nos EUA
(Reuters) - O dólar sustenta leve alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas, em uma sessão de agenda esvaziada de indicadores tanto no Brasil quanto no exterior.
Às 11h02, o dólar à vista subia 0,14%, aos R$5,3269 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,35%, a R$5,3385.
Mais cedo o Banco do Japão (BoJ) anunciou a manutenção de sua taxa de juros em 0,5%, mas a decisão foi dividida: os membros do conselho Hajime Takata e Naoki Tamura propuseram, sem sucesso, um aumento para 0,75%. Este movimento foi visto pelos mercados como um prelúdio para um aumento de curto prazo nos juros do Japão.
Às 11h02, o dólar cedia 0,09% ante o iene, aos 147,86. No mesmo horário o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,23%, a 97,569.
O dólar no Brasil pegava carona neste movimento e também subia, mas ainda assim caminhava para encerrar a semana com uma queda acumulada.
Nas últimas semanas, a percepção de um diferencial de juros bastante favorável abriu espaço para o dólar mudar de patamar no Brasil -- de próximo dos R$5,40 para perto dos R$5,30. Este movimento foi corroborado pelas decisões de juros da última quarta-feira, quando o Federal Reserve cortou juros nos EUA, para a faixa de 4% a 4,25%, e o Banco Central manteve a taxa básica em 15% no Brasil.
Em publicação nesta sexta-feira, o Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco informou a revisão de sua projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano, de R$5,50 para R$5,35, mantendo o valor de R$5,50 para o encerramento de 2026.
"O cenário externo benigno, com enfraquecimento global do dólar, deve permitir que o real siga operando em níveis mais apreciados no curto prazo", registrou nota assinada pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita. "Para o ano que vem, no entanto, o estreitamento do diferencial de juros, o prêmio de risco e o cenário desafiador das contas externas limitam perspectivas mais favoráveis."
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,33%, aos R$5,3193.
Nesta manhã, o BC vendeu um total de US$2 bilhões em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) simultâneos para rolagem do vencimento de outubro. Às 11h30, a instituição fará nova operação, desta vez para rolagem dos swaps que vencem em outubro, com oferta de 40 mil contratos.
(Por Fabricio de Castro)