A Kraken é a primeira exchange de criptomoedas a se registrar como um banco nos Estados Unidos.
Esse é um marco histórico para a criptoesfera. Com o registro, a exchange recebe a chancela oficial do governo estadunidense para atuar como um banco.
A aprovação aconteceu nessa quarta-feira (16).
Kraken é pioneira
O novo braço institucional da corretora será a “Kraken Financial”, conforme informado pela exchange por meio do seu blog.
David Kinitsky, CEO da Kraken Financial, elogia a decisão do estado que concedeu o pedido:
“Nós estamos animados para trabalhar em um estado alinhado com nossa filosofia e nossos valores. Wyoming é um exemplo raro de como regulamentações bem pensadas podem fomentar a inovação para fintechs.”
Segundo o anúncio, a Kraken:
“Será o primeiro banco regulamentado dos Estados Unidos a oferecer depósito, custódia e serviços fiduciários para ativos digitais.”
Desse modo, a Kraken pode ofertar serviços bancários tradicionais aos seus consumidores em vários estados dos EUA – somados às criptomoedas.
Kinitsky também deixou claro que a Kraken continuará extremamente focada nos ativos digitais.
Provavelmente, o registro da Kraken como um banco passa mais credibilidade e confiança para os investidores tradicionais em relação às operações da corretora.
Ainda não há detalhes sobre os novos serviços que serão oferecidos pela Kraken.
Contudo, tendo em vista o anúncio, é de se esperar que a empresa integre serviços bancários tradicionais ao Bitcoin (BTC) e às demais criptomoedas.
A Kraken é uma das corretoras de criptomoedas mais antigas do mercado, criada em 2011.
No momento da escrita desta matéria, ela ocupa o quarto lugar no ranking das exchanges do CoinMarketCap, com um volume de negociação de R$ 31 bilhões nas últimas 24 horas.
Bancos tradicionais e criptomoedas
É importante ressaltar que os bancos tradicionais podem oferecer serviços de custódia de criptomoedas.
A liberação aconteceu em julho de 2020, através de uma carta divulgada pelo Escritório Controlador da Moeda dos EUA (OCC, na sigla em inglês).
O órgão estatal ainda está trabalhando nas diretrizes a serem utilizadas pelos bancos para que possam operar com criptoativos.
Assim, será interessante observar a disputa de mercado entre as exchanges e os bancos tradicionais.
Por um lado, os bancos possuem infraestrutura e capital ao seu dispor; por outro, as corretoras entendem melhor sobre o ambiente e as necessidades da criptoesfera.