O empresário Thiago Troncoso, acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira, foi encontrado morto em um hotel em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, na madrugada de quarta-feira (3).
O corpo de Troncoso, de 39 anos, foi encontrado pela esposa no banheiro do hotel em que estava hospedados.
Ela relatou à polícia que estaria na cama e Troncoso teria ido tomar banho. No entanto, ao notar uma demora incomum, foi verificar se estava tudo bem.
Como notou que o chuveiro estava desligado, ela teria arrombado a porta do banheiro. Foi então que encontrou o corpo de Troncoso com um cinco em volta do pescoço.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Camboriú, a suspeita é que ele tenha cometido suicídio.
Troncoso respondia por formação de pirâmide
Desde o final de 2019, Troncoso enfrentava diversos processos na Justiça movidos por investidores de sua empresa Rota 33.
O negócio, sediado em Catanduva, no interior de São Paulo, foi fundado por ele e outros quatro sócios. Além disso, a Rota 33 era ligada à instituição de ensino superior UniFroebel.
Eles prometiam rendimentos de até 20% sobre supostas aplicações em Bitcoin e criptomoedas que contaria ainda com um robô de arbitragem.
No final de 2019, a empresa parou de pagar os lucros prometidos e os processos judiciais começaram.
A empresa também não tinha autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer os contratos coletivos. Mesmo assim, o empresário captava investidores para o negócio.
Ao todo, ele teria lesado mais de 700 pessoas em Catanduva e o prejuízo total é estimado em R$ 30 milhões.
Após as denúncias, a empresa passou a ser investigada como pirâmide financeira pela Justiça de Catanduva.
Ainda em 2019, a justiça determinou o bloqueio de bens do empresário e de mais R$ 1,4 milhão da empresa.
A CVM também passou a investigar a Rota 33 e, em 2020, a justiça informou que as contas bancárias da empresa haviam sido encerradas.
Portanto, impossibilitando a concessão de tutela para garantir o reembolso às vítimas.