A maior administradora de ativos quantitativos da América Latina, a brasileira Giant Steps Capital, planeja lançar um fundo para investir em criptomoedas.
Mais precisamente, o fundo que deve ser lançado no meio deste ano negociará futuros de Bitcoin e Ethereum.
Para isso, a gestora adquiriu uma participação minoritária na startup focada em criptomoedas, Polvo Technologies.
O valor da negociação, no entanto, não foi revelado.
Gestora brasileira quer expertise de startup para fundo
De acordo com uma matéria da Bloomberg desta quinta-feira (11), a gestora com sede em São Paulo adquiriu parte da startup para utilizar seus algoritmos no novo fundo.
Conforme explicou o sócio-fundador da Giant Steps, Flavio Terni, a Polvo desenvolve estratégias de aprendizado de máquina (machine learning) para negociar futuros de Bitcoin e ativos similares.
Além disso, essas técnicas são construídas com base na tecnologia blockchain, que garante mais transparência.
Nesse sentido, a compra da participação faz parte dos esforços da gestora para entrar totalmente no mercado de criptomoedas.
Estratégias de negociação do fundo
Além da inovação da Polvo, o fundo terá uma abordagem de negociação quântica e usará as técnicas de negociação baseadas em regras especiais desenvolvidas pela gestora.
Esse tipo de estratégia ajuda o negociante a identificar em qual ativo é adequado investir em um momento específico.
Segundo Terni, o objetivo da combinação dessas abordagens é ajudar a resolver o problema da volatilidade das criptomoedas:
“Os mercados de criptomoedas são altamente ineficientes, com muita volatilidade. Isso é algo que as estratégias de seguimento de tendências que já usamos em nossos outros fundos são capazes de capturar e ganhar com isso.”
A expectativa é que o fundo que negociará futuros das duas principais criptomoedas seja lançado no meio deste ano.
Além do fundo, a gestora pretende oferecer serviços de criação de mercado para futuros de criptomoedas.
Atualmente, a Giant Steps administra quase R$ 6,5 bilhões em ativos. No entanto, com as novidades, a gestora espera atingir R$ 10 bilhões em ativos até o final do ano.