Membros do Congresso dos EUA receberam cerca de US$ 50 em Bitcoins de presente. A iniciativa é parte de uma campanha educacional do setor nacional de criptomoedas.
A doação foi feita pelo Comitê de Ação Política (PAC) da Câmara de Comércio Digital dos Estados Unidos. Trata-se de uma entidade formada pelas principais empresas de criptomoedas e redes de blockchain do país.
A entidade conta, portanto, com o apoio de empresas como Binance, Deloitte, Microsoft, Bitpay e Messari. Essas organizações colaboraram para que cerca de 541 congressistas recebessem seus primeiros Bitcoins em carteira digital.
Doação em Bitcoin
A organização gastou um total de US$ 27 mil na campanha, que é chamada de “Crypto for Congress”.
O projeto visa educar o Congresso Nacional sobre o conhecimento técnico e prático das criptomoedas.
Para isso, além dos Bitcoins, as empresas enviaram um treinamento educacional online e ferramentas de consulta aos congressistas.
Perianne Boring, presidente da Câmara de Comércio Digital, destacou que o mercado americano está atrasado no desenvolvimento de uma estratégia financeira para acompanhar o setor de criptomoedas.
Isso porque, segundo ela, países como Japão, Canadá e a própria União Europeia têm discutido estruturas legais para capacitar e regular o mercado de criptoativos.
As empresas neste ecossistema querem mais clareza regulatória sobre criptomoedas e ofertas iniciais de moedas (ICOs). Ao mesmo tempo, buscam uma maior orientação fiscal e medidas de combate à lavagem de dinheiro.
No entanto, a câmara reconhece que uma lei justa não pode ser defendida se os congressistas não tiverem um conhecimento profundo do ativo e da tecnologia que estão regulamentando.
Regulamentação
Nesse sentido, para agilizar o processo de adoção, foi lançada a campanha Crypto for Congress. O objetivo é aumentar a conscientização com a doação direta de Bitcoins.
Eles também esperam que o projeto seja um marco, pois seria a primeira vez que todo o congresso teria acesso a uma carteira de criptomoeda.
Outra característica interessante da proposta da Câmara de Comércio Digital é que todos os Bitcoins entregues aos congressistas foram “fabricados” nos Estados Unidos.
A organização queria ter certeza de que os Bitcoins entregues às autoridades não vinham de fontes ilegais.
Por isso, a câmara trabalhou em colaboração com a Core Scientific, uma empresa de mineração dos EUA. A companhia forneceu os mineradores para o grupo Luxor, localizado na Carolina do Norte e Kentucky.
Os recursos doados provêm do bloco 651363, cujos dados podem ser verificados publicamente na rede.
A ideia de Bitcoins recém-minerados e “nacionais” resolve as dúvidas sobre a origem do dinheiro sem a necessidade de rastrear transações.