O serviço agregador de dados CryptoCompare divulgou um relatório sobre derivativos de criptoativos na quinta-feira (4). De acordo com o documento, os volumes de derivativos aumentaram 32%, e atingiram US$ 602 bilhões (R$ 3,1 trilhões).
Trata-se de uma nova alta histórica, superando o recorde anterior de US$ 600 bilhões (R$ 3 trilhões) estabelecido em março. Acima de tudo, ele mostra a resiliência e maturidade desse mercado durante a pandemia e a crise econômica atuais.
A maior parte do volume veio das exchanges Huobi, OKEx e Binance. As três representaram 80% do mercado de derivativos em maio. A Huobi liderou com US$ 176 bilhões (R$ 902 bilhões) em volume, um aumento de 29% em relação a abril. A OKEx e a Binance alcançaram US$ 156 bilhões (R$ 800 bilhões) e US$ 139 bilhões (R$ 713 bilhões), respectivamente.
Volume de opções também cresceu
Mas a CryptoCompare também descobriu que houve um aumento notável na atividade de negociação em torno das opções de criptoativos. Opções são contratos que dão ao proprietário o direito de comprar ou vender o ativo subjacente em uma data e preço especificados.
O volume de opções Deribit, líder desse mercado, mais que dobrou, atingindo US$ 3,06 bilhões (R$ 15,7 bilhões) em maio. Em 10 de maio – um dia antes do halving do Bitcoin – US$ 196 milhões (R$ 1 bilhão) em negociações passaram pela Deribit. Esse foi o maior volume diário dos quatro anos de história da plataforma.
Similarmente, os contratos de opções da CME, voltados para clientes institucionais, registraram um aumento de 16 vezes na atividade mensal em comparação a abril.
Assim como na Deribit, houve um aumento significativo nas atividades de negociação antes, durante e depois do halving do Bitcoin. Porém, a CME lançou suas opções de criptoativos apenas no início deste ano, o que explica o menor histórico de negociações.
O fundador e CEO da CryptoCompare, Charles Hayter, disse que o aumento no volume de opções de criptografia sugere o envolvimento de uma “classe de investidores mais sofisticada e diversificada” no mercado.
Adicionalmente, o momento financeiro foi propício. Os aumentos ocorreram no período do halving, mas também “medidas financeiras sem precedentes” tomadas pelos bancos centrais. Os cortes de juros, injeções de liquidez e busca por rendimento levaram investidores a buscarem ativos de mais risco. E muitos também buscaram criptoativos como formas de proteção.