O fundador e CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, não está muito otimista com o futuro dos fundos em criptoativos. Em vez disso, ele está prevendo um caminho difícil para os fundos de hedge de criptomoedas.
De acordo com Novogratz, nem todos os fundos que oferecem exposição em criptoativos vão sobreviver. Ele aponta que dois terços dos fundos de hedge existentes investidos no setor de criptomoedas irão falhar.
“Existem literalmente 1.900 fundos de hedge de criptomoedas. Meu palpite é que dois terços vão falir”, pontuou.
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Conforme destacou, isso irá ocorrer devido ao contínuo mercado de baixa do Bitcoin (BTC) e das criptomoedas, em geral.
Ele teceu sua opinião durante a Piper Sandler Global Exchange and Brokerage Conference. Na ocasião, ele explicou que dos estimados 1.900 fundos de hedge de criptomoedas, 66% vão falir ou deixar o negócio.
“O volume cairá. Então, os fundos de hedge terão que se reestruturar e a maioria não vai sobreviver”, disse.
Novogratz explicou que o potencial colapso dos fundos de hedge também vai sofrer o impacto macro-econômico. Ou seja, também serão afetados pela retirada dos estímulos econômicos pelo Federal Reserve dos EUA.
Nesse sentido, como há menos interesse em relação aos criptoativos e mais pressão econômica, os fundos serão os primeiros a cair.
UST e LUNA
O colapso do TerraUSD (UST) e de Terra (LUNA) no mês passado aplicou uma pressão de venda adicional aos ativos digitais.
Em relação aos tokens, Mike Novogratz explicou que o projeto Terra não era forte o suficiente. Além disso, destacou que a stablecoin UST, assim como LUNA, não tinham força para lidar com os efeitos de um mercado de baixa.
“Não foi forte o suficiente para lidar com os ventos contrários dos preços do Bitcoin caindo”, afirmou.
Por fim, Novogratz apontou que Do Kwon, fundador de Terra, era carismático, mas muito impulsivo e com pouco conhecimento sobre macroeconomia.
O CEO disse também que a Galaxy Digital vai continuar contratando apesar do contínuo bear market no mercado.