Investing.com – Empresas de mineração de bitcoin estão adotando uma estratégia semelhante à seguida pela Microstrategy (BVMF:M2ST34) (NASDAQ:MSTR), que acumula grandes volumes da cripto, de acordo com o JPMorgan (NYSE:JPM).
O banco atribui essa mudança a desafios como o aumento da taxa de hashrate da rede, a redução nas recompensas de mineração e a introdução de ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos, que oferecem aos investidores institucionais rotas diretas para exposição à criptomoeda.
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“Os aumentos na taxa de hashrate da rede e a redução nas recompensas de mineração pós-halving têm pressionado a lucratividade, com a receita diária gerada pelos mineradores por terahash diminuindo ainda mais,” destacaram estrategistas do JPMorgan em uma nota.
“Isso provavelmente incentivou os mineradores a armazenar bitcoins, buscar mais investimentos ou diversificar para negócios de IA e computação de alta performance (HPC), como discutimos em publicações anteriores,” acrescentaram.
Empresas como a Marathon Digital Holdings Inc (NASDAQ:MARA) estão aumentando suas reservas de bitcoin por ação, emitindo ações ou dívidas para financiar a acumulação.
A Marathon, por exemplo, adquiriu 60% de seus bitcoins acumulados no ano por meio de compras diretas e o restante através da expansão da mineração. A empresa agora detém quase 35.000 bitcoins, tornando-se a segunda maior companhia listada em termos de reservas de bitcoin.
“Semelhante à MicroStrategy, a empresa emitiu notas conversíveis a taxas de juros baixas para alavancar suas aquisições de bitcoin,” explicou o JPMorgan.
Em vez de vender suas reservas de bitcoin para cobrir custos operacionais, os mineradores estão financiando suas operações com dívidas e emissões de ações.
O total de capital levantado por mineradores em 2023 ultrapassou US$10 bilhões, superando o recorde anterior de US$9,5 bilhões registrado em 2021. Essa abordagem permite que os mineradores não apenas financiem suas atividades, mas também fortaleçam sua posição de mercado e resiliência financeira, segundo os estrategistas.
Desde 2020, a MicroStrategy alocou cerca de US$25 bilhões para aquisição de bitcoin, seguindo uma estratégia liderada por seu cofundador, Michael Saylor, baseada na tesouraria corporativa.
Esse investimento gerou mais de US$17 bilhões em ganhos não realizados, de acordo com dados do MSTR Tracker. Atualmente, a empresa detém quase 425.000 BTC, avaliados em mais de US$42 bilhões.