A mineração de Bitcoin ainda sente os efeitos do halving. O lucro da atividade sofreu uma queda de 23% no mês de junho.
O lucro registrado em junho foi de US$ 281 milhões (R$ 1,4 bilhões), contra US$ 366 milhões (R$ 1,9 bilhões) em maio. O lucro também foi o menor registrado nos últimos três meses.
As taxas mais baixas pagas na rede, bem como a redução da recompensa do bloco, contribuíram para a queda.
As estimativas pressupõem que os mineradores estão vendendo mais Bitcoins imediatamente. Em março, essa tendência de venda ocorreu durante a queda no preço do Bitcoin.
Transações em espera aumentam de volume
O mês de junho é bastante representativo, pois foi o primeiro mês completo após o halving. O corte na emissão de Bitcoins ocorreu em 11 de maio.
Se por um lado o lucro caiu, por outro aumentou a quantidade de transações em espera. Esse aumento pode ser visto ao analisarmos o gráfico da mempool do Bitcoin.
A mempool é uma espécie de “fila de espera” da rede. Nela ficam as transações verificadas que precisam ser incluídas em novos blocos pelos mineradores.
Quanto maior a mempool, mais transações estão aguardando. Isso tende a aumentar o lucro dos mineradores. Entre maio e junho, houve um forte aumento na fila de espera.
Porém, conforme o pool de memórias foi esvaziado entre o final de maio e início de junho, o cenário mudou.
Desafio para os mineradores
As taxas representaram apenas US$ 12 milhões (R$ 60 milhões) em junho, que representam 4,3% da receita mensal. Essa alta foi de 8,3% em maio, a maior nos últimos 12 meses.
A medida que a emissão de novos Bitcoins é reduzida, o lucro da mineração é impactado. Máquinas menos eficientes tendem a ser desativadas.
A atual emissão irá até 2024. Com isso, o crescimento da receita de mineração só pode vir de duas fontes: um aumento nas taxas ou no preço do Bitcoin.