Nova York, 7 abr (EFE).- As companhias aéreas americanas United
Airlines e US Airways mantêm conversas para uma possível fusão que
daria lugar a uma das maiores companhias aéreas do mundo, informou
hoje o "The New York Times".
O jornal, que não identifica as fontes, lembra em seu site que as
duas empresas se mostraram partidárias no passado de uma maior
consolidação dentro do setor de companhias aéreas favorecendo assim
um aumento da sua renda.
A UAL Corporation, matriz da United Airlines, e a US Airways
mantêm negociações sobre uma possível fusão, embora uma transação
não deva ser anunciada tão cedo. Inclusive, as fontes do "Times" não
descartam que as conversas sejam abortadas.
Apesar das duas companhias darem passos para diminuir suas
despesas, o resultado pode ser mais positivo se elas atuarem juntas.
Na década passadas as duas companhias já buscavam possíveis uniões.
No entanto, o jornal lembra que uma possível oposição dos sindicatos
poderia trazer problemas a uma operação como essa.
O "The New York Times", que não revelou detalhes concretos sobre
as negociações nem números relacionadas com a operação, disse que em
2000 elas já anunciaram um acordo avaliado em US$ 4,3 bilhões, que
tiveram que descartar depois perante a pressão dos sindicatos.
As empresas voltaram a tentar a fusão oito anos depois, mas
depois de vários meses puseram fim às negociações sem ter conseguido
alcançar um acordo fixado definitivamente.
Em 2008 a United Airlines manteve conversas para se fundir com a
Continental, enquanto a US Airways colocou em 2006 uma oferta de
compra não solicitada pela Delta, uma operação que também fracassou
após meses de reuniões devido à oposição dos sindicatos desta última
companhia aérea.
As ações de US Airways cairam 3,67% hoje e fecharam a US$ 6,82 no
pregão regular na Bolsa de Nova York, enquanto que as da UAL cairam
2,67% no mercado Nasdaq, onde fecharam a US$ 18,95.
Nas operações eletrônicas posteriores e uma vez conhecido que
ambas companhias mantinham negociações para uma possível fusão, os
títulos de US Airways valorizavam 27,42% e os da UAL quase 8%. EFE