A “lista dos ricos de Bitcoin” (Bitcoin Rich List, em inglês) é uma lista com todos os endereços que possuem mais de 1000 Bitcoins. E esse número quebrou um recorde histórico recentemente.
De acordo com o site Glassnode, o número de grandes carteiras chegou a 2.190 nesta terça-feira (25). O recorde anterior havia sido de 2.184 endereços, obtido no dia 28 de setembro de 2019.
Isso significa que levou menos de um ano para a marca ser quebrada. Também é possível notar uma correlação quase direta entre o preço do Bitcoin e o aumento dos endereços. Com algumas exceções, os dois costumam estar praticamente sincronizados.
Pequenos investidores ainda são maioria
Apesar do recorde histórico, os grandes endereços ainda são minoria absoluta na rede. Cerca de metade deles (48%) são carteiras que possuem até 0,001 Bitcoin. E menos de 10% das carteiras possuem até 1 Bitcoin.
Os endereços com mais de 1000 Bitcoin representam apenas 0,01% do total.
Valores e quantidades em crescimento
Até o momento da produção deste texto, a quantidade total de Bitcoins mantidos por esses grandes endereços era de 7.868.823. Isso equivale a R$ 562 bilhões.
Mais investidores têm olhado para o Bitcoin e outras criptomoedas como investimentos alternativos aos mercados tradicionais. Esse movimento tem se aprofundado em 2020 e envolvido até mesmo empresas.
Fundos institucionais como a Grayscale reportaram recordes de captação.
Além disso, grandes empresas começaram a utilizar o criptoativo como reserva, através de estratégias de investimento. Foi o caso da MicroStrategy, que comprou R$ 1,3 bilhão em Bitcoin.
Na opinião de George Ball, ex-presidente-executivo da Prudential Securities e agora CEO da Sanders Morris Harris, o Bitcoin ou outra criptomoeda é um investimento muito “atraente”.
Em sua visão, muitos investidores e comerciantes “muito ricos” se voltaram para o criptoativo.
Foi o caso de nomes como Paul Tudor Jones, que investiu uma pequena parcela de seu portfólio. Jones possui US$ 5,1 bilhões (R$ 28 bilhões) em ativos sob gestão.