A exchange brasileira Mercado Bitcoin (MB) realizou um levantamento intitulado “Como as Mulheres Investem em Criptoativos no Brasil”. De acordo com o estudo, apenas 11% dos investidores da plataforma são mulheres. Embora seja um percentual baixo, esse número é o dobro da média mundial, em que, segundo estudos interacionais, as mulheres representam apenas 5% dos investidores em ativos digitais.
O estudo também traçou o perfil das investidoras da plataforma. Segundo a MB, dois terços dessas mulheres têm entre 35 e 44 anos. Na sequência vêm as investidoras com 45 a 55 anos (21,5%). As mulheres mais jovens, de 18 a 24 anos, são 8,1% das investidoras, cerca do dobro das mulheres com mais de 65 anos.
Outro dado analisado é a postura que esse recorte da base de clientes da MB adota na hora de investir em criptoativos. A maior parte desse grupo se considera investidora moderada, isto é, 44,02% delas buscam segurança em seu portfólio. Entretanto, essas mulheres estão dispostas a correr um certo grau de risco para conseguir um retorno maior em seus investimentos.
Uma postura mais conservadora é adotada por 36% delas, ou seja, esse grupo prefere abrir mão de possibilidade de ganhos em troca de segurança. Segundo a MB, os tokens de precatório são os produtos que mais se adequam a esse perfil, já que oferecem retornos maiores do que a maior parte dos produtos de renda fixa disponibilizados pelo mercado e com maior segurança.
O perfil de investidoras consideradas “arrojadas e agressivas” representa 20% do total. Esse grupo opta por manter parte de seus recursos em criptomoedas para ampliar a chance de ganhos e obter equilíbrio em momentos tensos do mercado.
A pesquisa do MB também levantou que 60% das clientes pretendem reservar até 25% de seus vencimentos mensais para investimentos. Outras 26,79% desejam destinar entre 25% e 50% de seus ganhos para investir. Esse perfil de mulheres dispostas a poupar para investir está presente em todas as faixas salariais, segundo a MB. Cerca de um terço das clientes ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês; e 18,18% delas recebem entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
“Por serem democráticos, os criptoativos atraem investidores de todos os portes, mesmo aquelas com poucos recursos”, diz o estudo da MB.
Como incentivar mulheres a investir?
Por fim, o levantamento indica que a educação financeira é o primeiro passo para incentivar as mulheres a investirem em criptoativos. Segundo a MB, é necessário aprender a planejar gastos, fazer um orçamento, saber fazer o dinheiro render mais
“A etapa seguinte é estabelecer metas e prazos para cumprir os objetivos. A partir daí, vale a pena estudar as opções do mercado financeiro e encontrar quais se encaixam nos seus planos e também no seu perfil de investidora. É um exercício que exige dedicação, disciplina e flexibilidade diante de cenários adversos. Lembre-se de que o mercado é dinâmico e tomar a atitude no momento certo pode fazer a diferença entre ganho e prejuízo.”