Na terça-feira (3), o PicPay anunciou que a partir de agora, os recursos depositados na conta da fintech passarão a render 210% do CDI, em vez dos 100% oferecidos anteriormente.
Além disso, a fintech vai manter a liquidez diária e a isenção de taxas para os clientes. A novidade vale para todos os usuários pessoa física do PicPay.
A iniciativa é o primeiro grande passo da fintech para se tornar um marketplace de produtos de investimento.
Marketplace de produtos de investimentos
De acordo com o cofundador do PicPay, Anderson Chamon, este é o “primeiro pezinho” que a fintech está colocando em produtos de investimento:
“Vamos ampliar bastante o nosso portfólio neste segmento nos próximos meses, sempre na linha de marketplace, com o PicPay sendo um grande distribuidor de produtos, como fundos de outras instituições, dentro da nossa plataforma”, afirmou Chamon ao E-Investidor.
Os fundos depositados na conta do PicPay não são amparados pelo Fundo Garantidor de Créditos. Entretanto, Chamon explicou que todo recurso depositado na fintech é investido em título públicos, conforme regulamentação do Banco Central.
Dessa forma, mesmo que o PicPay quebre, o dinheiro dos clientes fica protegido.
Chamon ainda comentou que o investimento é uma perna do PicPay, mas o valor da fintech está na conta:
“A gente acaba oferecendo isso para os nossos usuários, mas o nosso maior valor está na conta de pagamento. Quanto mais dinheiro as pessoas trazem para cá e entra na nossa rede, temos uma monetização e conseguimos fazer essa conta se pagar. Então, remuneramos o usuário e somos compensados quando ele faz uma transação com fins comerciais dentro do PicPay.”
Fintech quer dobrar número de clientes
O PicPay possui atualmente uma base de 33 milhões de usuários e cerca de 8 milhões de clientes com algum dinheiro na conta do PicPay.
Com a ampliação da porcentagem dos rendimentos, a fintech espera dobrar esses 8 milhões nos próximos seis meses.
A empresa não revelou, no entanto, o montante que tem sob sua gestão.