O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, anunciou que o Pix irá permitir saques por meio da rede varejista. Segundo ele, o novo serviço irá trazer mais eficiência, por meio da reutilização do dinheiro no varejo e do aproveitamento dessa rede.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22) na abertura da 9ª reunião plenária do Fórum Pagamentos Instantâneos (PI).
Serviço ajudará na redução de custos
Na ocasião, Campos Neto destacou que o serviço busca fomentar a competição entre as instituições para ofertarem o saque. Além disso, tem potencial de reduzir o custo logístico e operacional.
Campos Neto informou que as regras e os primeiros detalhes serão apresentados na próxima reunião do Fórum PI, em agosto.
O presidente ainda destacou que o Pix está entre os projetos mais importantes da pauta estratégica do BC, a Agenda BC#. Essa agenda visa promover a democratização financeira por meio da evolução tecnológica.
Regulamento do Pix
No que diz respeito ao regulamento do Pix, Campos Neto pontuou que o BC está processando as contribuições recebidas na consulta pública:
“Esse processo é parte do espírito de construção conjunta que vem norteando todo o desenvolvimento do projeto, com intenso diálogo com a indústria e com a sociedade em geral. E, certamente resultará em ajustes importantes para aperfeiçoar o Regulamento do Pix.”
O presidente do BC afirmou que a entidade irá divulgar o regulamento definitivo no próximo mês.
Segurança do sistema
Sobre a segurança do sistema, ele destacou que as especificações estão sendo compiladas em manual específico. Além disso, Campos Neto enfatizou que as ações necessárias estão sendo tomadas pelo BC. O objetivo, segundo ele, é criar um ecossistema resiliente para toda a sociedade brasileira.
“O acompanhamento do uso do Pix também receberá especial atenção para que repostas às questões relacionadas à segurança sejam dadas de forma tempestiva.”
Baixo custo de ponta
Campos Neto salientou ainda uma questão que julga central ao Pix. Trata-se do baixo custo na ponta. Assim, essa questão torna a plataforma um meio de pagamento acessível e efetivo para quem paga e quem recebe.
“Destaco ainda que haverá gratuidade para pessoas físicas, de forma a possibilitar igualdade de condições a outros meios de pagamentos. Confio que as instituições participantes desenvolverão modelos de negócio e estratégias interessantes e economicamente atrativas, ofertando o Pix às empresas de modo a refletir o baixo custo e agregar serviços que gerem valor para os clientes”.