A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Egypto — denominada Fractais, que investiga a suposta pirâmide financeira Indeal.
Ao todo, a PF cumpre sete mandados de prisão temporária contra envolvidos no esquema que prometia altos rendimentos com criptomoedas e operava sem a autorização da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM).
Além disso, os 60 policiais federais mobilizados para a operação cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em diversos estados do Brasil.
Operação Fractais
De acordo com um comunicado da Polícia Federal, o objetivo da Operação Fractais é investigar a ocultação do patrimônio obtido de forma ilícita pelos investigados na primeira fase da operação.
Ou seja, a PF trabalha com a hipótese de crime de lavagem de dinheiro pelos golpistas. Os mandados foram cumpridos nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Paralelamente, a PF também executou ordens judiciais para bloquear 170 imóveis registrados em nome de investigados e de possíveis laranjas.
Ao todo, os investigadores estimam que o valor do patrimônio bloqueado esteja em torno dos R$ 80 milhões.
O nome Fractais é uma referência às figuras geométricas em que cada parte é semelhante ao objeto como um todo. No caso, os padrões da figura inteira são repetidos em cada parte em escala menor, como flocos de neve.
Operação Egypto
Conforme informou a PF, a maioria dos investigados nesta etapa são pessoas identificadas a partir de informações coletadas no material apreendido na primeira fase da Operação Egypto, em 2019.
Na ocasião, como informou o CriptoFácil, diversos líderes foram presos e carros de luxo foram apreendidos para serem leiloados.
Como mencionado, a Indeal era uma empresa que prometia rendimentos de 15% sobre supostas operações com criptomoedas.
De acordo com um levantamento da Receita Federal, a empresa sediada em Nova Hamburgo (RS) deve R$ 1,1 bilhão. Além disso, são mais de 23 mil clientes lesados pelo esquema.