As pools de mineração estão se unindo para aprovar a maior mudança na rede do Bitcoin desde o Segregated Witness (SegWit).
Essa mudança é a implementação das assinaturas Taproot, também conhecidas como Schnorr.
A Poolin, segunda maior pool do mercado, publicou um novo rastreador. Com isso, as máquinas poderão sinalizar sua aprovação para a Taproot.
De acordo com o rastreador da Poolin, três pools estão sinalizando o suporte para Schnorr. Além da própria Poolin, a BTC.com e Slush Pool também aprovaram a mudança.
As três pools mineram aproximadamente 25% dos blocos na rede do Bitcoin.
Schnorr está pronto para implementação
O código do Taproot/Schnorr foi incorporado à biblioteca do Bitcoin Core no mês passado. As Propostas de Melhoria do Bitcoin (BIP, na sigla em inglês) 340, 341 e 342.
Este representa o estágio final antes da implantação oficial. Após a aprovação da rede, a atualização será adicionada à rede do Bitcoin.
O Taproot — e, por extensão, assinaturas Schnorr — estão sendo agrupadas como parte de um soft fork.
Caso seja aprovado e integrado, ele representaria a primeira atualização significativa para Bitcoins desde a adição do SegWit.
O Taproot tem como objetivo fazer com que todas as transações pareçam iguais para observadores externos, independentemente de sua composição ou estilo.
Com isso, a tecnologia visa aumentar a privacidade das transações com Bitcoin. Além disso, ela traz um maior potencial de aproveitamento da blockchain na criação de contratos inteligentes.
Processo de aprovação depende da rede
Ainda não se sabe como esse processo vai se desenrolar exatamente. Segundo a Poolin, existem duas abordagens para ativação para operadores de nós (incluindo mineradores).
No entanto, não deverá ser um processo traumático. Por se tratar de um soft fork, a implementação do Taproot não tem o risco de causar uma divisão na rede do Bitcoin.
Peter Wuille, desenvolvedor do Bitcoin Core, falou sobre os BIPs e o processo de aprovação.
“Se tudo correr bem, e estiver claro que o Taproot, conforme proposto, é o que o ecossistema está disposto a adotar, ele será aprovado, e começará a discussão sobre como ativá-lo na rede. Se isso também der certo, será publicado um lançamento com a ativação e, se, e quando, as condições para ativá-lo forem atendidas, ele finalmente rodará na rede”, explicou Wuille