O presidente dos Estados Unidos Joe Biden telefonou nesta sexta-feira (9) para o líder russo, Vladimir Putin, exigindo ações contra os grupos de hackers do país. A ligação ocorreu dias depois de um novo ataque de ransomware de autoria do grupo russo REvil.
Os hackers invadiram os sistemas da companhia de TI Kaseya. Em seguida, exigiram um resgate de US$ 70 milhões (R$ 361 milhões) em Bitcoin para restaurar as operações da empresa.
Na ligação, Biden afirmou que os EUA tomarão “todas as ações necessárias” para combater esses ataques. Sem dar mais detalhes, Biden afirmou que agiria para defender seu povo e sua infraestrutura.
Além disso, pediu que Putin também aja contra grupos cibercriminosos que estão promovendo ataques hackers nos Estados Unidos e em outros países.
Ataques de ransomwares exigem Bitcoin como resgate
Nos últimos meses, uma série de ataques de ransomware atingiu os EUA. Um dos casos de maior destaque ocorreu em maio, quando hackers invadiram os sistemas do oleoduto Colonial Pipeline.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a companhia pagou aos cibercriminosos US$ 5 milhões (mais de R$ 26 milhões) para retomar as operações. Posteriormente, parte do valor foi resgatado pelo FBI.
Mais recentemente, o grupo REvil, com sede na Rússia, assumiu a autoria de um ataque de ransomware à Kaseya.
O mesmo grupo também esteve por trás do hack ao frigorífico JBS (SA:JBSS3) ocorrido em maio. Na ocasião, a companhia também acabou pagando um resgate de US$ 11 milhões em Bitcoin ao grupo.
“Deixei muito claro para [Putin] que os Estados Unidos esperam que quando uma operação de ransomware esteja vindo de seu solo, mesmo que não seja patrocinada pelo estado, esperamos que ajam se dermos eles informações suficientes para agir sobre quem é.”
O presidente Biden também disse a repórteres que os dois países “criaram um meio de comunicação” para discutir esses assuntos regularmente. Ademais, quando questionado se ainda haverá consequências, o presidente respondeu: “Sim”.