Nouriel Roubini é um economista e consultor estadunidense que ficou famoso por prever a crise econômica de 2008.
Agora, na visão do especialista, as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) vão revolucionar a economia global.
CBDCs podem revolucionar a economia em até três anos
Roubini é conhecido por ser um crítico ferrenho do Bitcoin (BTC) e das demais criptomoedas.
Em uma entrevista recente para o Yahoo Finance, o economista falou a respeito das CBDCs:
“Vários bancos centrais estão começando a criar moedas digitais. A partir do momento que você tem uma CBDC, todos os indivíduos podem usar uma conta ligada ao banco central para fazer pagamentos. Logo, você não precisa de criptomoedas nem do Venmo [serviço de pagamentos do PayPal]. Você não precisa de uma conta bancária, nem de cheques”, afirmou o economista.
Assim, na opinião de Roubini, o fenômeno vai causar uma revolução na economia:
“A grande revolução que será vista nos próximos três anos é a das moedas digitais emitidas pelos bancos centrais. Elas vão tornar os serviços de pagamentos digitais obsoletos; no setor privado, isso começará pelas criptomoedas, que não são realmente moedas”, decretou Roubini.
“Bitcoin não é moeda, mas é melhor que as shitcoins”
Além de elogiar a importância das CBDCs, Roubini criticou o Bitcoin durante a entrevista:
“Qual é o futuro dessa classe de ativos [Bitcoin]? Na minha visão, ele não é escalável, não é seguro, não é descentralizado e não é uma moeda.”
Ademais, o consultor financeiro não parou por aí: para ele, as outras criptomoedas são “shitcoins” que podem ser facilmente combatidas.
Porém, ele acredita que o Bitcoin é, parcialmente, um ativo de reserva de valor, devido à emissão controlada pelo código da da sua blockchain.
Economista já foi chamado de “doutor catástrofe”
Nos anos 2000, Roubini era conhecido como “Dr. Doom” ou “doutor catástrofe”.
Isso ocorria porque ele costumava prever crises econômicas severas em um momento de prosperidade econômica global.
No entanto, em 2005, o economista afirmou à revista Fortune que o preço dos imóveis estadunidenses estava “surfando” na especulação e poderia afundar a economia dos EUA.
Dessa maneira, após a crise de 2008, parte dos críticos de Roubini passaram a elogiar a sua interpretação sobre a economia dos Estados Unidos.