CriptoFácil, o protocolo de empréstimos descentralizados Solend votou por bloquear fundos de um grande investidor. No entanto, a medida gerou uma forte repercussão negativa e levou a rede a fazer uma nova votação, que revogou a decisão anterior.
Nesta terça-feira (21), o protocolo abriu uma terceira votação, chamada SLND3 que prevê uma série de limitações. A proposta está em votação e prevê um limite de US$ 50 milhões para que os usuários possam realizar empréstimos.
Limites para conter liquidações
De acordo com o site, a terceira proposta tem como foco colocar um teto no limite de empréstimos. Esta medida visa reduzir as liquidações máximas e evitar problemas como o que ocorreu na segunda-feira (20).
Em primeiro lugar, a nova regra estabelece um limite máximo de empréstimo em US$ 50 milhões. Ou seja, o protocolo não poderá liquidar contas que tenham acima desse valor. Os investidores que superarem este limite poderão ter suas contas liquidadas em caso de problemas de liquidez.
A princípio, o limite de empréstimo por conta começa em US$ 120 milhões e gradualmente será reduzido para US$ 50 milhões. De acordo com o mecanismo, a Solend implementará uma redução de US$ 500 mil por hora.
Nesse sentido, o investidor alvo da polêmica proposta SLND2 tem US$ 100 milhões nos pools da Solend. Portanto, o investidor ainda teria proteção contra liquidações, mas eventualmente cairia na regra limite.
A Solend planeja limitar a liquidação por transação por um fator de 20. Isso significa que o fator de fechamento de liquidação máximo por transação será reduzido de 20% para 1%.
Outro aspecto é a redução da penalidade das liquidação em SOL, que cairá de de 5% para 2%. Isso ajudará a reduzir o spam de liquidação.
Votação começou
A terceira proposta de votação na Solend começou na manhã da terça-feira e vai durar até às 20h (horário de Brasília).
Conforme o site oficial da votação, a proposta conta com quase 480 mil votos. Cerca de 475 mil (99,1%) votam a favor da proposta, enquanto apenas 4,2 mil (0,9%) são contrários.
“A Solend está entrando em contato com os criadores de mercado para ajudar a fornecer melhor liquidez na cadeia. Isso combinado com nossas propostas deve reduzir o impacto do mercado da DEX a um nível gerenciável”, diz a equipe da Solend.
Mas assim como aconteceu na segunda votação, os usuários identificaram uma série de falhas. A principal foi, novamente, a concentração de votos: uma única entidade respondeu por mais de 90% de votos a favor.
Dessa forma, a decisão sobre o destino de de US$ 270 milhões em ativos está nas mãos de poucos usuários. Mais uma vez, usuários se queixaram da centralização em um protocolo que supostamente deveria ser de “finanças descentralizadas”.
Agora, a Solend tem mais tempo para consertar as coisas. O preço do token SOL se estabilizou em US$ 35 e está impedindo grandes liquidações na Solend. No entanto, se o mercado entrar em colapso e o SOL cair para US$ 20, pode haver grandes liquidações.