A Fundação Tezos finalmente chegou a um acordo com seus investidores. Em um processo, foi acordado o pagamento de US$ 25 milhões (R$ 125 milhões) de indenização.
O valor será pago a investidores que participaram da ICO do token XTZ em 2017. Os reclamantes alegavam que a Fundação realizou uma ICO não registrada.
Em 28 de agosto, um tribunal do distrito norte da Califórnia assinou o acordo. Com isso, o caso finalmente chegou à sua conclusão final.
No entanto, o tribunal não deu um parecer se a ICO da Tezos foi registrada ou não. A operação arrecadou US$ 232 milhões (R$ 1,2 bilhão), tornando-se uma das maiores ICOs da história.
Divisão do acordo
Como parte do acordo, os advogados do reclamante principal, Trigon Trading, receberão mais de US$ 8,5 milhões (R$ 45 milhões), cerca de um terço do valor total.
Os US$ 16,5 milhões (R$ 89 milhões) restantes serão distribuídos entre os investidores que sofreram prejuízos após participarem da ICO da Tezos.
Aqueles que tiveram lucros com seu investimento não poderão solicitar os fundos. O tribunal não deixou claro como isso seria identificado.
Em março, a Fundação Tezos disse que concordou em encerrar o caso porque os processos são “caros e demorados”, embora continuasse a acreditar que o caso era “sem mérito”.
Polêmicas marcaram primeiros anos da Tezos
Os primeiros dois anos da Tezos foram marcados por polêmicas envolvendo a Fundação e o casal Breitman, criadores da criptomoeda.
Essas polêmicas causaram diversos adiamentos no lançamento da rede. Apenas no final de 2017, foram dois processos em um único mês.
Para completar, o diretor da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), Jay Clayton, se posicionou à época.
Clayton afirmou que os tokens emitidos por ICOs podem ser considerados títulos financeiros, dentre os quais se inclui a Tezos.
A partir de então, o processo atual começou. No início de junho a Block & Leviton, a empresa por trás do processo, afirmou que os investidores poderiam se cadastrar para receber parte dos valores devidos.