O Brasil ficou entre os 25 países mais lucrativos para traders de Bitcoin (BTC) em 2020, conforme relatório divulgado pela Chainalysis nesta segunda-feira (7).
No total, os ganhos com BTC totalizaram US$ 300 milhões, ou R$ 1,5 bilhão na cotação atual. Como resultado, o país ocupou a 16ª colocação, empatado com Itália, República Checa e Turquia.
Em primeiro lugar, com ganhos de US$ 4,1 bilhões, ficaram os Estados Unidos. A maior economia do mundo teve um resultado maior do que a soma dos países entre a 2ª e 6ª colocação.
Volume brasileiro potencializou lucros
Parte do desempenho brasileiro pode ser atribuído sobretudo aos grandes volumes de negociação. Segundo relatou o CriptoFácil, investidores brasileiros movimentaram 351 mil BTCs em 2020.
Em outras palavras, foram pouco mais de R$ 53 bilhões negociados na cotação ajustada. Precisamente, o valor total foi de R$ 53.349.247.159,69.
Já em 2021, os números parecem seguir em alta de maneira idêntica ao ano passado. Apenas em maio foram negociados 52,5 mil Bitcoin, o equivalente a R$ 12,4 bilhões. O resultado foi 73% maior do que o registrado em abril e equivale a mais de 10% das movimentações em todo 2020.
Países e pesos diferentes no cálculo
À primeira vista, não há nenhuma surpresa na lista, com exceção talvez do Brasil. China e EUA lideram o ranking juntamente com outras das principais economias do mundo.
Todavia, a Chainalysis destacou que alguns países surpreenderam em seus números. Isso porque nações que não são potências econômicas figuram entre aquelas que tiveram os maiores ganhos com BTC.
Nesse sentido, o Vietnã é apontado como o exemplo perfeito. O país asiático registrou um PIB de US$ 261 bilhões em 2019, o 42º maior do mundo. Contudo, o Vietnã ficou em 14ª lugar na lista da Chainalysis, com US$ 400 milhões em lucro para os traders.
Por outro lado, a Índia é citada como exemplo oposto. Com US$ 2,9 trilhões, o país é a quinta maior economia do mundo, mas ocupa apenas 18ª colocação entre lucros com BTC.
Os diversos banimentos das negociações com criptomoedas no país é apontado pela Chainalysis como um dos motivos para o número baixo.
“Isso [baixo resultado indiano] pode ser resultado da hostilidade histórica do governo indiano com o BTC. Até uma decisão da Suprema Corte em março de 2020, a Índia proibia todos os bancos de negociar com criptomoedas, tornando extremamente difícil para os residentes comprar ou negociar”, disse o relatório.