CriptoFácil - Nos últimos dias, o Bitcoin viu seu preço voltar a valorizar, com os compradores entrando após semanas de inatividade. Essa pressão de compra permitiu que a principal criptomoeda do mercado atingisse seu nível mais alto das últimas semanas, próximo dos US$ 8 mil, conforme reportado pelo CriptoFácil.
Confira abaixo alguns fatores que podem estar impulsionando a alta de preço do Bitcoin
1. Dados extraídos da blockchain sugerem retorno iminente da alta do mercado
De acordo com Willy Woo, sócio do fundo de criptomoedas Adaptive Capital e um destacado analista de dados da blockchain, seus indicadores que acompanham a atividade dos investidores – correlacionados estreitamente com os ciclos do mercado – estão mostrando sinais claros de que o Bitcoin não está decisivamente em um mercado em baixa.
Are we in a $BTC bear market?No, we are in the re-accumulation phase of a bull market. pic.twitter.com/OcMyxA4EIY
— Willy Woo (@woonomic) December 28, 2019
Em vez disso, como Woo continuou em um tuíte, os indicadores sugerem que o BTC está no meio de uma fase de “re-acumulação” de mercados em alta que sempre é seguido de um rally que leva à quebra do recorde de preço histórico, que eleva o Bitcoin a uma ou duas ordens de magnitude mais alta em relação ao início da escalada de preços.
A repetição do histórico, de acordo com a análise de Woo, significa que o Bitcoin valorizará mais no segundo semestre de 2020, ou seja, o BTC provavelmente estabelecerá novas máximas de preços alguns meses ou um ano depois disso.
2. Tensões macroeconômicas e políticas estão favorecendo o Bitcoin
Outro fator otimista que provavelmente ajudará o Bitcoin é o ambiente macroeconômico e geopolítico.
Na noite de 02 de janeiro, as autoridades norte-americanas confirmaram que o general iraniano Qassem Soleimani foi morto em Bagdá em um ataque aéreo dirigido pelo presidente Donald Trump. Devido ao status de Soleimani como líder-chave no Irã, a mídia – tanto a convencional quanto a social – entrou em erupção; todo comentarista estava tentando avaliar o que esse evento significava para política externa, uma potencial Terceira Guerra Mundial, petróleo e – você adivinhou – Bitcoin.
De acordo com um tuíte de Mike Novogratz, ex-parceiro do Goldman Sachs e atual executivo-chefe da Galaxy Digital, a situação do Irã é otimista para o ouro e para o BTC.
The more I analyze this Iranian situation, the more bullish gold and $btc I become.— Michael Novogratz (@novogratz) January 5, 2020
O investidor comentou sobre o que ele espera que aconteça em escala geopolítica nas próximas semanas. Levemente parafraseado, ele escreveu:
“O Irã começará a expulsar as tropas dos EUA. O Irã terá mais influência no Iraque, que é o que eles querem. Os sauditas não querem conflito. Por tudo isso, o Oriente Médio se tornará menos estável, criando mais volatilidade nos mercados globais.”A ideia com os comentários de Novogratz é que, em tempos de instabilidade geopolítica e macroeconômica, a procura pelo Bitcoin deve aumentar devido ao fato do ativo ser visto como descentralizado, não soberano e escasso. Conforme reportado pelo CriptoFácil, os iranianos chegaram a negociar o Bitcoin por US$24 mil na LocalBitcoins.
3. O hashrate do Bitcoin não está diminuindo
O hashrate (ou taxa de hash) do Bitcoin – poder computacional da rede – atingiu um novo recorde histórico no primeiro dia de 2020. O recorde histórico, 119 exahashes por segundo, ou 119 com 18 zeros depois.
Esse aumento na taxa de hash quebra o recorde histórico de mais de dois meses atrás, em outubro, o que significa que a rede do Bitcoin está agora mais forte do que nunca, marcando um incrível início de 2020.
Bitcoin starting 2020 with a BANG.Hash Rate hit a new all time high on 1/1/2020: 119M TH/s.
Finally broke above the last ATH set more than 2 months ago in October.
Bitcoin Network stronger than ever before
Happy New Year! pic.twitter.com/c0dfvewXfy
— Charles Edwards (@caprioleio) January 2, 2020