Um processo trabalhista em Uruaçu, Goiás, terá seu pagamento em Bitcoin. A decisão partiu do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18).
Segundo o site do TRT 18, o acordo envolve uma empresa de mineração de criptomoedas e um funcionário. A quantia paga será de R$ 350 mil, ou cerca de 5,47 Bitcoin na cotação atual (R$ 64.000,00).
O nome da empresa e do funcionário não foram revelados.
Acordo foi selado via Google Meet
Além do pagamento em Bitcoin, outra inovação da audiência foi a realização via Google (NASDAQ:GOOGL) Meet. A audiência telepresencial de conciliação permitiu a participação do representante da empresa desde Dubai, nos Emirados Árabes, onde reside.
O pagamento será efetuado através da conversão dos Bitcoins em reais. A empresa será responsável pelo pagamento das taxas e pelo cálculo da cotação no dia da transferência.
O cálculo será feito no expediente bancário brasileiro no mesmo dia em que feita a transferência. Após a conversão, o valor será repassado ao funcionário.
Uso do Bitcoin foi destaque
A iniciativa de incluir o processo para a conciliação foi da servidora da unidade, Nayara Souza. Ela acionou as partes por meio do aplicativo WhatsApp Business e sugeriu a inclusão em pauta. As partes aceitaram e a audiência foi designada para o último dia 25.
O conciliador foi o diretor de Secretaria, Danilo Diniz, e o juiz do trabalho Carlos Gratão conduziu e homologou o acordo. Para Diniz, o uso das tecnologias – Google Meet e Bitcoin – foi fundamental no processo.
A participação dos envolvidos também foi destaque para o juiz do caso, Carlos Gratão. Ele citou especialmente o engajamento na criação das cláusulas de uso do Bitcoin.
“Os advogados atuaram como verdadeiros parceiros na condução do acordo e na elaboração das cláusulas que trataram do pagamento por meio de Bitcoins”, afirmou.