CriptoFácil - Um professor de economia e ex-conselheiro do Banco Popular da China instou o governo chinês a reconsiderar sua proibição de criptomoedas. Segundo ele, a China corre o risco de ‘ficar para trás’ na transformação digita da economia.
Deste modo ele alertou que a proibição do Bitcoin e das criptomoedas pode resultar em oportunidades perdidas que são “muito valiosas” para todo o sistema financeiro.
Huang Yiping foi membro do Comitê de Política Monetária do Banco Popular da China entre 2015 e 2018, uma época em que a política da China com relação as criptomoedas ainda não era clara e por vezes era proibitiva e por vezes abria espaço para os criptotivos.
Atualmente Yiping é professor de finanças e economia na Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim.
Embora reconheça que uma proibição das criptomoedas pode ser prática para a China por enquanto, o ex-assessor do banco central enfatizou que o governo deve considerar se tais políticas serão sustentáveis a longo prazo.
Portanto ele alertou que uma proibição permanente de produtos relacionados a criptomoedas pode resultar em oportunidades perdidas em tecnologias como blockchain, que são “muito valiosas” para sistemas financeiros regulamentados.
No entanto, embora a China tenha proibido as criptomoedas, a tecnologia blockchain é amplamente utilizado no país e o governo já declarou que o Yuan Digital irá integrar sistemas de contratos inteligentes. Isso sem contar que a China tem sua própria rede blockchain e de NFTs.
China e criptomoedas
Em setembro de 2021, o governo chinês declarou todas as atividades relacionadas a criptomoedas ilegais, alegando que a cripto atrapalha a ordem econômica e financeira do país enquanto fornecia um terreno fértil para atividades criminosas.
Apesar da repressão contínua do governo chinês, um número significativo de investidores em criptomoedas ainda está na China. De acordo com a empresa de análise de blockchain Chainalysis, a China está entre os 10 principais países com a maior adoção de criptomoedas.
Além disso, o pedido de falência da FTX em novembro do ano passado mostra que os usuários da China continental representavam 8% da base de clientes da exchange de criptomoedas em colapso; FTX tinha mais de 5 milhões de usuários ativos antes de implodir.
Além disso, as atividades de mineração de criptomoeda aumentaram na China. De acordo com dados do Cambridge Centre for Alternative Finance (CCAF), o tráfego da China representou aproximadamente 20% da taxa de hash total do bitcoin de setembro de 2021 a janeiro de 2022.