A multinacional de serviços financeiros Visa (NYSE:V) (SA:VISA34) confirmou que pretende trazer para o Brasil ainda em 2021 a possibilidade de fazer transações com criptomoedas.
Além disso, o chefe das operações no Brasil, Fernando Teles, disse que a Visa está atenta ao mercado de tokenização de transação.
Dessa forma, planeja investir tanto neste setor quanto no mercado de cartão de débito para compras online.
APIs para transações com criptomoedas
Em entrevista ao portal Seu Dinheiro, publicada nesta quinta-feira (25), Teles destacou que a Visa quer ser mais que uma empresa de cartões de crédito. Afinal, a pandemia de Covid-19 mostrou que a empresa precisava se adaptar.
“Assim que começou o isolamento social, fomos rapidamente aos nossos clientes (emissores, credenciadores e estabelecimentos) e falamos ‘olha, vai acontecer uma mudança de comportamento’”, disse Teles.
Teles explicou que a mudança veio no sentido de rever as regras de detecção de fraudes para evitar a não aprovação de transações.
Segundo ele, com a iniciativa, houve um crescimento das transações sem cartão, ou seja, feitas de forma online. Consequentemente, a Visa teve um “crescimento significativo e saudável” de receita.
Nesse contexto de adaptações, o executivo revelou que a empresa planeja facilitar transações com criptomoedas no país.
Para isso, está desenvolvendo interfaces de aplicativos de programa (APIs) “para quem quiser fazer isso aqui”.
De acordo com o executivo, pagamentos com Bitcoin e criptomoedas são uma novidade capaz de revolucionar o mercado.
O CEO da Visa nos Estados Unidos, Al Kelly, por exemplo, afirmou em fevereiro que a empresa vai adicionar criptomoedas à sua rede de pagamentos.
Agora, é provável que o mesmo ocorra no Brasil ainda neste ano.
Débito online e tokenização
Além disso, a Visa também quer ampliar o uso de cartões de débito em compras online e focar na tokenização das transações.
Conforme observou Teles, o Brasil está atrasado na adoção de pagamento por cartão de débito online. Segundo ele, a tecnologia está pronta, mas não há tanta adesão por parte dos emissores de cartão e estabelecimentos.
Já sobre tokenização, Teles explicou que a tecnologia torna os pagamentos mais rápidos e protegidos de violações da dados.
Isso porque, com a tokenização, o usuário não precisa mais informar os dados do cartão para uma transação virtual.
Tudo acontece por meio de um token único de referência que só poderá ser utilizado para uma transação especificamente. O usuário sai ganhando, pois seus dados não correm risco de ser hackeados.