Dólar recua em linha com exterior, e petróleo forte beneficia o real
Investing.com - As ações da MercadoLibre (NASDAQ:MELI) caíram 5% nas negociações de pré-mercado após a empresa de comércio eletrônico latino-americana divulgar resultados do segundo trimestre bem abaixo das expectativas de Wall Street, já que a decisão de expandir o frete grátis em seu principal mercado, o Brasil, pesou sobre as margens de lucro.
A empresa reportou lucro por ação de US$ 10,31, abaixo da estimativa de consenso de US$ 12,21.
A receita subiu para US$ 6,79 bilhões, superando as expectativas de US$ 6,59 bilhões.
O MercadoLibre tem registrado rápido crescimento em seus segmentos de comércio e pagamentos, mas analistas sinalizaram que mudanças no mix de negócios podem estar pesando sobre a lucratividade.
Em junho, o MercadoLibre anunciou que expandiria o frete grátis no Brasil para incluir itens mais baratos, como parte de uma estratégia para responder à intensificação da concorrência da gigante de tecnologia Amazon (NASDAQ:AMZN) e do Shopee da Sea, além de players chineses de baixo custo como o Temu.
Nesse cenário competitivo, o MercadoLibre isentou taxas de envio no Brasil para vendas de R$ 19 (US$ 3,44) ou mais. Anteriormente, o limite mínimo era de R$ 79.
O chefe de operações de e-commerce do MercadoLibre no Brasil observou na época que qualquer impacto financeiro da alteração nos custos de envio seria absorvido pela empresa, embora o executivo não tenha fornecido uma indicação das despesas que o MercadoLibre estima incorrer com a mudança.
A empresa havia anunciado anteriormente, no final de maio, que reduziria os custos de envio no Brasil para empresas e indivíduos que vendem itens em sua plataforma em até 40%.
Nesse contexto, os itens vendidos no Brasil aceleraram 34% em junho e 26% no segundo trimestre. Mas receitas de frete mais baixas, maiores volumes de entrega e pesadas despesas de marketing reduziram a margem de lucro antes de juros e impostos para 12,2%, contra 14,3% no ano anterior.
Ainda assim, analistas do BofA (NYSE:BAC) argumentaram que as mudanças no Brasil estabelecerão as "bases para um crescimento duradouro" no MercadoLibre.
"Sugerimos que essas medidas provavelmente criarão uma base muito mais forte e altamente relevante de sortimentos com preço médio de venda baixo, a partir da qual o MercadoLibre pode adicionar categorias de cauda longa, atraindo novos compradores, vendedores e ocasiões, enquanto reduz o oxigênio para os rivais e enriquece ainda mais os insights de subscrição e marketing", disse a corretora em uma nota.
(Contribuição de reportagem de Pratyush Thakur.)
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