A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) publicou uma nota afirmando que, a despeito da queda no ritmo de cortes na taxa básica de juros (Selic), é necessário que o Banco Central mantenha esse objetivo no longo prazo.
"É necessário que o Banco Central siga comprometido com a redução na Selic no longo prazo de forma sustentável. O Brasil ainda tem a segunda maior taxa de juros real do mundo, o que é um grande entrave para o crescimento econômico do País", afirmou a instituição.
A Abrainc reconheceu que a redução da taxa básica de juros, de 10,75% para 10,50%, é uma medida importante para o Brasil, com capacidade de ajudar na geração de emprego e renda da população, além de estimular a atividade industrial.
A associação lembra que, no mercado imobiliário, as taxas de juros elevadas impactam negativamente o custo dos financiamentos habitacionais e inibem as vendas de imóveis.
A Abrainc também apontou hoje que a redução na intensidade da queda de 0,5 ponto porcentual para 0,25 ponto mostra a preocupação do Banco Central em controlar a inflação, além de refletir momento mais adverso na economia mundial, com os Estados Unidos tendo que retardar o processo de queda nos juros.
Nesta semana, uma longa reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que a queda na taxa de juros do crédito imobiliário - tão aguardada após o começo do ciclo de redução da Selic no ano passado - ainda está distante de se tornar realidade. Pelo contrário: há fatores que até pressionam os bancos a elevar os juros no curto prazo.