📢 Estratégia de IA ProPicks para investir após techs caírem. Subiu em julho 2x acima do S&P!Lista Completa

Além de elevar a Selic a 3,50% ao ano, BC sinaliza novo aumento na próxima reunião

Publicado 06.05.2021, 05:00
Atualizado 06.05.2021, 08:11
© Reuters.  Além de elevar a Selic a 3,50% ao ano, BC sinaliza novo aumento no pró
CL
-

Para conter a escalada mais recente da inflação no Brasil, o Banco Central elevou na quarta-feira, 5, a Selic (a taxa básica de juros), de 2,75% para 3,50% ao ano. Esse foi o segundo aumento consecutivo de 0,75 ponto porcentual, em um movimento iniciado em março deste ano. Ao anunciar a decisão, o BC também sinalizou a intenção de promover novo aumento no próximo mês, para 4,25% ao ano.

A alta de juros ocorre apesar das dificuldades do Brasil para reativar a atividade econômica. Por trás da decisão do BC está o receio de que a inflação brasileira possa acelerar, em especial no próximo ano - que passou a ser a principal referência da instituição em sua decisão sobre os juros.

As projeções da autoridade monetária, atualizadas ontem, indicam que o IPCA - o índice oficial de inflação - encerrará 2021 com alta de 5,1%. Esse porcentual já está bem acima da meta de inflação perseguida pelo BC para este ano, de 3,75%, embora exista uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 2,25% e 5,25%). Já a expectativa do BC para o IPCA em 2022 é de 3,4% - valor muito próximo da meta para o ano que vem, de 3,50%. Para evitar que o índice de preços se "descole" da meta em 2022, o BC decidiu elevar os juros.

Commodities

Ao justificar a decisão, o BC lembrou em comunicado que, "com exceção do petróleo, os preços internacionais das commodities (matérias-primas) continuaram em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais".

"Além disso, a transição para patamares mais elevados de bandeira tarifária deve manter a inflação pressionada no curto prazo", acrescentou o BC, em referência ao mecanismo que eleva o valor da conta de energia elétrica para famílias e empresas.

O BC também alertou para o chamado "risco fiscal", ligado às dificuldades do governo em equilibrar receitas e despesas, em especial em meio ao combate aos efeitos da covid-19. Para a instituição, "novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do País", assim como frustrações em relação às reformas econômicas, podem gerar mais inflação no futuro.

Nova alta

O resultado foi que, além de elevar a Selic a 3,50% ao ano, o BC sinalizou novo aumento de 0,75 ponto porcentual no próximo mês, para 4,25% ao ano. A alta de juros ocorre a despeito de a autarquia reconhecer o impacto da segunda onda da covid-19 sobre o Brasil. "Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes mostram uma evolução mais positiva do que o esperado, apesar da intensidade da segunda onda da pandemia estar maior do que o antecipado", registrou o BC ontem. "A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia ainda permanece acima da usual." Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, a comunicação do BC reforça a perspectiva de pelo menos mais dois aumentos seguidos de 0,75 ponto porcentual da Selic, com a taxa atingindo o patamar de 5,00% ao ano.

"Em linhas gerais, o BC mostrou-se austero com o avanço da inflação, e a perspectiva é de que isso continue assim. Mas ele manteve a sinalização de normalização 'parcial' do juro", afirmou Sanchez, a respeito da sinalização do BC de que ainda manterá algum estímulo à economia, em meio à crise provocada pela pandemia. Na prática, a leitura é de que a Selic subirá, mas ainda permanecerá em níveis mais baixos que no passado, em função da fraqueza da economia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.