⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Alta da carne pressiona e inflação no Brasil tem maior novembro em 4 anos

Publicado 06.12.2019, 21:16
© Reuters. Mulher compra carne em açougue em Santo André
LCc1
-

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A inflação oficial do Brasil registrou aceleração em novembro e o resultado mais alto em quatro anos com forte impacto da alta dos preços das carnes, mas ainda permanece abaixo do centro da meta em 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,51% em novembro após alta de 0,10% no mês de outubro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o resultado mais alto para novembro desde 2015, quando índice subiu 1,01%, e ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,46%.

Em 12 meses, a alta do IPCA chegou a 3,27%, de um avanço no mês anterior de 2,54%, e permanece abaixo do centro da meta oficial para 2019, de 4,25% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O resultado em 12 meses até novembro também ficou ligeiramente acima da expectativa, de 3,23%.

De acordo com o IBGE, o maior impacto individual foi exercido pelas carnes, cujos preços subiram 8,09%, exercendo impacto de 0,22 ponto percentual no IPCA de novembro. Isso levou o grupo Alimentação e bebidas a acelerar a alta a 0,72%, de 0,05% em outubro.

"As exportações de carne para a China continuam, o que mantém a demanda grande, e essa pressão vai continuar", explicou o gerente da pesquisa Pedro Kislanov da Costa.

O Brasil, maior exportador global de carne bovina, está faturando com a maior demanda da China, mas os consumidores brasileiros estão por tabela pagando mais pelo produto nos açougues, enquanto frigoríficos têm sido pressionados a fazer ofertas recordes por bois nas fazendas.

"Mas apesar da pressão de carnes, o IPCA ainda está num patamar confortável e com espaço para ficar dentro do centro da meta", completou Costa.

A maior variação no mês foi registrada por Despesas Pessoais, com alta de 1,24% em novembro ante 0,20% antes. O comportamento dos preços de Habitação também se destacou, ao deixar para trás uma deflação de 0,61% em outubro para alta de 0,71% em novembro.

Esse avanço de Habitação deve-se à alta de 2,15% da energia elétrica, uma vez que em novembro passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1.

Apesar do resultado mais forte em novembro, a inflação permanece fraca e não deve ser suficiente para mudar o movimento do Banco Central de corte de juros, já tendo sinalizado que adotará essa postura na última reunião do ano, em dezembro.

"No geral, acreditamos que esse resultado é consistente com o cenário base do Banco Central e corrobora corte de 0,50 ponto percentual (na Selic) este ano", afirmou em relatório a XP Investimentos.

© Reuters. Mulher compra carne em açougue em Santo André

A autoridade monetária cortou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em outubro, a 5% ao ano, mas para além de dezembro a postura é de cautela em relação aos fatores que podem pressionar a inflação.

(Com reportagem adicional de Paula Arend Laier em São Paulo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.