⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Argentinos aprendem cedo a se preocupar com câmbio e amar o dólar

Publicado 02.12.2019, 11:42
Atualizado 02.12.2019, 11:46
Argentinos aprendem cedo a se preocupar com câmbio e amar o dólar

Por Hugh Bronstein e Eliana Raszewski

BUENOS AIRES (Reuters) - Nicolás Videla, como milhões de argentinos, compra dólares sempre que consegue juntar alguns pesos e acompanha atentamente a volátil taxa de câmbio do país, a inflação galopante e as perspectivas políticas incertas.

Videla tem 12 anos de idade.

Os temores do aluno do ensino fundamental a respeito do peso são reveladores em um país no qual gerações viram suas poupanças destruídas por desvalorizações brutais e preços em elevação que as forçaram a se refugiar na moeda norte-americana.

A aversão ao peso está no cerne do desafio a ser enfrentado pelo próximo governo da Argentina, que pretende conter a inflação que vem devastando o poder de compra e elevando o custo de sua dívida externa.

"Conversamos sobre o dólar na escola. Sempre pergunto como ele está. Quando meus amigos me contam que aumentou em relação ao peso eles se queixam, porque os preços sobem quando isso acontece", disse Videla sentado ao lado de sua corretora de câmbio favorita: sua mãe.

"Quando ele tem pesos me pede para comprar dólares. Quando conversamos sobre finanças, ele nunca me pergunta quantos pesos tem. Ele quer saber em dólares", contou sua mãe, Sol Videla.

A falta de confiança de muitos argentinos em sua moeda é compreensível. O peso perdeu cerca de 37% de seu valor perante o dólar neste ano, e em 2018 despencou ainda mais rápido. Um dólar vale 60 pesos -- no final de 2015, quando o presidente em fim de mandato Mauricio Macri tomou posse, eram cerca de 10 pesos por dólar.

Seu sucessor de esquerda, Alberto Fernández, assumirá o cargo em 10 de dezembro com uma inflação anual acima dos 50% e conversas tensas com credores e o Fundo Monetário Internacional (FMI) no horizonte a respeito da dívida soberana de mais de 100 bilhões de dólares.

Fernández disse que adotará um "pacto social" para fechar acordos com empresários, empregados, consumidores e prestadoras de serviço para ajudar a controlar os preços.

Não será fácil. A falta de confiança na moeda praticamente se tornou parte do DNA nacional depois de décadas de crises cíclicas e um peso enfraquecido gerando inflação.

"Os argentinos simplesmente não confiam em sua moeda. Eles se queimaram vezes demais", disse Alberto Bernal, estrategista-chefe de mercados emergentes da XP Investimentos de Nova York.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.