SÃO PAULO (Reuters) - A projeção de economistas para a taxa básica de juros no final de 2016 permaneceu inalterada, em meio a um cenário de forte pressão inflacionária e contínua deterioração do cenário da atividade econômica.
Na pesquisa Focus do Banco Central com uma centena de economistas divulgada nesta segunda-feira, a estimativa para a Selic, atualmente em 14,25 por cento, permaneceu em 15,25 por cento no fim deste ano. A expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana, apesar de especulações no mercado futuro de juros sobre pressões para o BC manter a Selic no nível atual.
Mesmo com o aperto monetário em vista, as contas para a inflação não param de piorar. A projeção para a alta do IPCA este ano subiu em 0,06 ponto percentual, a 6,93 por cento, acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Já para 2017 a estimativa para a inflação oficial pemaneceu em 5,20 por cento. Neste caso a meta é de 4,5 por cento, mas com tolerância menor, de 1,5 ponto percentual.
Em 2015, o IPCA acumulou alta de 10,67 por cento, maior nível em 13 anos, estourando o teto da meta do governo pela primeira vez desde 2003.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas projetam contração de 2,99 por cento em 2016, contra queda de 2,95 por cento vista na semana anterior. Para 2017 as contas também pioraram, com expansão prevista de 0,86 por cento contra 1 por cento antes.
(Por Camila Moreira)