STUTTGART, Alemanha (Reuters) - A Porsche aumentará o número de empregos vinculados ao projeto de seu primeiro carro inteiramente elétrico em mais de 50 por cento ante metas anteriores, como parte de um esforço da Volkswagen de passar por cima do escândalo de fraude em testes de emissão de poluentes.
A Porsche, segunda maior contribuinte para o lucro do grupo Volkswagen, planeja criar ao menos 1.400 empregos para desenvolver, construir e vender o modelo Mission E, rival do Model S da norte-americana Tesla e que deve ficar pronto na linha de montagem em Zuffenhausen em 2019, disse a empresa nesta terça-feira.
Outros 350 especialistas digitais devem ser contratados para uma unidade da Porsche criada especificamente para desenvolver conceitos de mobilidade e descobrir novas áreas de negócios, disse a empresa, refletindo uma transformação que também está em curso na Audi, marca de luxo da Volkswagen.
A Porsche havia estipulado anteriormente mais de 1.000 novos empregos para o Mission E na unidade de Zuffenhausen. A marca de carros esportivos está gastando cerca de 1 bilhão de euros (1,1 bilhão de dólares) no modelo de emissão zero.
O Misson E implica uma mudança radical na Porsche, conhecida tradicionalmente por carros esportivos de alta performance e movidos por motores a combustão, disse o chefe de trabalho da Porsche, Uwe Hueck, a reporteres nesta terça-feira. "Ou você participa da mudança digital ou sai perdendo."
Hueck não deu detalhes sobre metas de produção para o Mission E, mas afirmou que a Porsche precisa vender pelo menos 10 mil unidades do carro por ano para ter lucro.