São Paulo, 23 abr (EFE).- A redução de dívida da Telefônica, que melhorou seu fluxo de caixa, a fez descartar por enquanto uma venda de ações de sua filial latino-americana, informou nesta terça-feira Eduardo Navarro, diretor de Estratégia e Alianças da companhia.
"Neste momento achamos que não é do maior interesse dos acionistas da Telefônica fazer um OPV (Oferta Pública de Venda) na América Latina", declarou durante um ato realizado em São Paulo.
"A região está crescendo muito, e não há necessidade por pressão de caixa da Telefónica", acrescentou Navarro.
O diretor reconheceu que no ano passado a companhia contava com uma dívida "bastante alta", de 58 bilhões de euros, mas destacou que conseguiu reduzí-la em quase 7 bilhões de euros em seis meses. A empresa adotou como objetivo diminuí-la para 47 bilhões de euros até o final deste ano.
Essa redução deixou de lado a opção de lançar na bolsa a filial latino-americana, uma operação que estava sendo preparada desde o ano passado.
Navarro esclareceu que apesar da companhia não ter necessidade financeira de vender ações, analisaria essa possibilidade se surgisse uma oportunidade do ponto de vista de alianças ou estratégia para reforçar sua presença em um mercado específico.
O diretor da Telefônica também explicou que a companhia estuda o uso conjunto de suas redes com a operadora Claro no Brasil para melhorar a cobertura e elevar o rendimento de seus investimentos.
"Compartilhar as redes está no geral bastante bem-visto" em Telefônica, disse Navarro, que fez suas declarações à imprensa após participar de uma apresentação sobre a situação econômica na Espanha impulsionada pelo Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC), que reúne as multinacionais do país ibérico. EFE