A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Novo consumidor africano é alvo para economia global em crise

Publicado 18.06.2013, 06:12

Javier Triana.

Libreville, 18 jun (EFE).- Enquanto a economia global atravessa as turbulências próprias de uma crise, os gigantes econômicos olham em direção a novos e dinâmicos mercados, como o da África Subsaariana, onde emerge uma figura a ser explorada: o consumidor africano.

Com uma população jovem, cada vez melhor formada e com um aumento tímido, mas progressivo, de sua capacidade aquisitiva, a região africana ao sul do deserto do Saara desponta como um apetecível destino de investimentos e manufaturas.

"Se vê um novo tipo de consumidor: aumentou o consumo elétrico, demanda por novos produtos, como smartphones, e cada vez querem as coisas com mais velocidade", diz o gabonês Willy Conrad Asseko, diretor da companhia de transporte sob medida "Les Transports Citadins".

O exemplo do telefone é o mais recorrente em uma região na qual, praticamente, não existiam linhas fixas para o grande público, e onde se saltou do nada ao telefone celular em questão de poucos anos.

"Há 5 bilhões de telefones celulares na África, a maioria de segunda mão. Deveríamos diminuir o preço para que possam ser adquiridos novos. É preciso se adaptar ao entorno, pensar nos conteúdos de forma local", aponta Verone Mankou, fundador da congolesa VMK, fabricante dos primeiros smartphone e tablet africanos.

Para a fundadora da revista camaronesa "Je Wanda", Celine Victoria Fotso, o fornecimento de conteúdo local é essencial: "Querem programas de televisão, séries, filmes... Algumas vezes não há oferta destas coisas, e é preciso trazê-las de outras partes do mundo".

As diferenças em relação a outros novos consumidores recentes, como os asiáticos, são apontadas pelo diretor da empresa de telecomunicações Bharti Aritel, o indiano Manoj Kohli.

"Enquanto o consumidor asiático fala mais por telefone, o africano usa mais a internet (no dispositivo móvel). Também na hora de usar os bancos online e o telefone como cartão de crédito. Os africanos vão muito rápido: deram um salto que demorou muitos anos na Europa e nos Estados Unidos", afirma Kohli.

Em uma sociedade pouco familiarizada com os bancos tradicionais, a possibilidade de realizar transações através dos aparelhos móveis é muito popular e traz numerosos dividendos.

"Vocês verão na próxima década. Isto - diz o empresário indiano enquanto saca um telefone do bolso e o mostra aos participantes do Fórum Nova York África, que terminou no domingo (16) em Libreville - se transformou em um caixa. E os ocidentais talvez tenham que se adaptar. É um sistema muito rápido e confiável".

No entanto, o novo consumo na África também apresenta desafios.

"Vejo como o dinheiro (do consumidor africano) passa cada vez mais do consumo alimentar ao não alimentar, mas me preocupa a faixa entre o consumo urbano e o rural (na África). Na Ásia, o dinheiro não ficou restrito ao nível urbano", acrescenta Kohli.

Em algumas ocasiões, a falta de oferta e alcance se deve às dificuldades técnicas de uma empresa, por isso vários governos trabalham para acelerar estes processos que, em último caso, estimularão também seu crescimento.

A diretora do Painel ruandês de Desenvolvimento, Clare Akamanzi, afirma que "agora, criar uma empresa em Ruanda custa 6 horas, e foi reduzido o custo para começar um negócio de US$ 340 para US$ 25".

No entanto, os perfis traçados pelos conferentes se desenham com traços muito amplos, devido às profundas diferenças entre a situação econômica dos mais de 40 países da região, além da desigualdade econômica dentro dos próprios estados.

O novo consumo dos países africanos e o comércio intra-africano são alguns dos temas abordados pelos mais de 180 líderes políticos e empresariais participantes do Fórum Nova York África. EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.