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Por Jonathan Cable
LONDRES (Reuters) - As empresas da zona do euro viram o volume de novos pedidos aumentar em agosto pela primeira vez desde maio de 2024, ajudando a atividade geral a expandir no ritmo mais rápido em 15 meses apesar da fraqueza persistente nas exportações, mostrou uma pesquisa nesta quinta-feira.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar do HCOB para a zona do euro, compilado pela S&P Global, subiu para 51,1 em agosto, de 50,9 em julho, marcando a terceira melhora mensal consecutiva e a leitura mais alta desde maio de 2024. Pesquisa da Reuters previa queda para 50,7.
Leituras do PMI acima de 50,0 indicam crescimento na atividade, enquanto as leituras abaixo apontam para uma contração.
"O pequeno aumento no PMI Composto ... indica que a economia da zona do euro continua resistindo muito bem às tempestades globais", disse Bert Colijn, do ING.
"As melhorias no volume de novos pedidos e o aumento das contratações contribuem para um quadro de aceleração do crescimento, mas parece provável um ritmo moderado, dados os riscos negativos significativos nas perspectivas."
O setor industrial mostrou uma melhora notável, com seu PMI subindo de 49,8 em julho para 50,5, passando para o território de expansão pela primeira vez em mais de três anos. A produção industrial cresceu pela taxa mais rápida em quase três anos e meio, com o subíndice subindo de 50,6 para 52,3.
A atividade de serviços continuou a expandir, mas a um ritmo menor, com o PMI do setor caindo de 51,0 em julho para 50,7.
As empresas da zona do euro continuaram contratando pelo sexto mês consecutivo, com o ritmo de criação de empregos acelerando para o mais rápido desde junho de 2024. Os ganhos de emprego se concentraram no setor de serviços, enquanto que os fabricantes continuaram a perder postos de trabalho.
As pressões sobre a inflação se intensificaram em agosto, com os custos de insumos aumentando pela taxa mais acentuada em cinco meses. A inflação dos custos do setor de serviços acelerou para o nível mais alto desde março, enquanto os preços de produtos em todo o bloco aumentaram pelo ritmo mais forte em quatro meses.
"O Banco Central Europeu pode se assustar um pouco com as crescentes pressões sobre os custos no setor de serviços. Afinal de contas, ele está apostando em um crescimento mais lento dos salários para ajudar a reduzir a inflação nessa parte crucial da economia", disse Cyrus de la Rubia, do Hamburg Commercial Bank.
"Dito isso, há um pouco de alívio no fato de que a inflação dos preços de venda do setor de serviços permaneceu mais ou menos estável."
(Reportagem de Jonathan Cable)