Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 15.10.2025, 08:15
© Reuters.

Investing.com - Os índices futuros das bolsas norte-americanas sobem antes de uma nova leva de resultados corporativos, enquanto a temporada de balanços do terceiro trimestre começa a ganhar velocidade.

A gigante europeia de equipamentos para fabricação de chips ASML oferece uma previsão financeira tímida, alertando para um declínio "significativo" nas vendas na China.

Os mercados, em busca de novos indicadores econômicos durante uma paralisação governamental em andamento, estarão atentos à publicação do Livro Bege do Federal Reserve.

No Brasil, o destaque fica para as vendas no varejo, que darão aos investidores uma ideia melhor sobre a economia doméstica.

1. Futuros em alta em Wall Street

Os futuros de ações dos EUA apontaram para alta na quarta-feira, com investidores se preparando para uma série de balanços corporativos e observando as perspectivas para possíveis cortes adicionais nas taxas de juros do Federal Reserve este ano.

Às 7 h de Brasília, o contrato futuro do Dow havia subido 103 pontos, ou 0,2%, os futuros do S&P 500 adicionaram 25 pontos, ou 0,4%, e os futuros do Nasdaq 100 subiram 131 pontos, ou 0,5%.

As principais médias em Wall Street fecharam de forma mista na terça-feira, recuperando-se em grande parte das perdas registradas no início da sessão.

Analistas sugeriram que a recuperação foi impulsionada pelo sentimento geralmente positivo em torno de uma onda de resultados bancários e números sólidos de empresas em outros setores.

Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, também reforçaram as apostas de que o banco central implementará reduções nas taxas em suas duas últimas reuniões de 2025, após sua decisão de cortar os custos de empréstimos em 25 pontos-base em setembro.

As declarações do Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, em uma entrevista à CNBC, ajudaram a aliviar alguns temores sobre um ressurgimento nas tensões comerciais entre Washington e a China. No entanto, o presidente Donald Trump posteriormente criticou Pequim pela percebida falta de compras de soja, chamando isso de "ato economicamente hostil".

2. OpenAI faz plano de 5 anos para cumprir compromissos de US$ 1 trilhão - FT

A OpenAI está trabalhando em um plano de cinco anos para cumprir os mais de US$ 1 trilhão em gastos que prometeu para avançar seu desenvolvimento de IA, informou o Financial Times na quarta-feira.

A startup de IA está trabalhando em novas fontes de receita, parcerias de dívida e mais captação de recursos como parte do plano, disse o relatório do FT, citando várias pessoas familiarizadas com o assunto.

Acordos para fornecer a governos e empresas produtos mais personalizados também estão sendo desenvolvidos, segundo o relatório.

Todos os esforços serão direcionados para cumprir obrigações de dívida, dado que a OpenAI ainda é em grande parte um negócio deficitário. As obrigações de capital da empresa são muito maiores que sua receita — uma tendência que afastou alguns investidores, incluindo a Microsoft.

A OpenAI também assumiu compromissos para adquirir 26 gigawatts de capacidade da Oracle Corporation, Nvidia, Advanced Micro Devices e Broadcom, o que provavelmente custará bem mais de US$ 1 trilhão na próxima década, disse o FT.

Relatórios recentes mostraram que a OpenAI gerou cerca de US$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025 e registrou um prejuízo de US$ 13,5 bilhões.

3. Livro Bege à frente

Com a frente de dados econômicos amplamente silenciosa devido a uma prolongada paralisação do governo dos EUA, grande parte do foco estará no Livro Bege do Fed na quarta-feira.

O relatório, que reúne evidências anedóticas sobre o estado da economia americana, surge enquanto a paralisação força autoridades e investidores a buscarem fontes alternativas de dados.

Essa incerteza obscureceu as perspectivas para o caminho das taxas de juros do Fed este ano. A redução do banco central em setembro foi vinculada a um esforço para apoiar um mercado de trabalho em desaceleração, apesar de indicações de inflação persistente. Com a falta de dados tanto sobre emprego quanto sobre ganhos de preços, como as autoridades abordarão as decisões sobre taxas durante o restante de 2025 continua sendo fonte de algum debate.

Ainda assim, os mercados estão praticamente certos de que o Fed cortará as taxas em um quarto de ponto percentual em sua reunião de 28-29 de outubro e novamente em dezembro, mostrou a Ferramenta FedWatch da CME.

4. Petróleo estável

Os preços do petróleo operavam perto da estabilidade no início desta quarta-feira, ainda próximos das mínimas de cinco meses, em meio à combinação de tensões comerciais entre EUA e China, dados fracos de inflação chinesa e alerta da Agência Internacional de Energia sobre um possível excesso de oferta global de até 4 milhões de barris em 2026.

No momento da redação, o barril do Brent registrava leve queda de 0,06%, a US$ 62,33, enquanto o do WTI subia 0,09%, US$ 58,75 no mercado futuro.

O relatório da AIE, que projeta desaceleração da demanda e aumento da produção da Opep, contrastou com as previsões mais otimistas do cartel. As ameaças de novas tarifas por parte de Donald Trump reforçaram o temor de retração na demanda, enquanto a leve fraqueza do dólar limitou as perdas.

Traders acompanham agora os próximos dados de estoques americanos em busca de sinais sobre o consumo de combustível.

5. Vendas no varejo em agosto no Brasil

Na agenda local, os investidores acompanham mais dados sobre a economia brasileira, com a divulgação das vendas de varejo no mês de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No relatório passado, o volume de faturamento do setor registrou uma queda de 0,3% em julho frente a junho, no quarto mês consecutivo de retração, reforçando sinais de perda de dinamismo da economia em meio à política monetária restritiva.

Naquele mês, segundo o IBGE, metade dos segmentos recuou, com destaque negativo para equipamentos de escritório (-3,1%) e vestuário (-2,9%), enquanto móveis e eletrodomésticos avançaram 1,5%. O varejo ampliado cresceu 1,3% no mês, mas ainda acumula queda anual de 2,5%.

Na ocasião, o IBGE apontou que o consumo segue pressionado pela redução do crédito e pelos juros elevados, ainda que sustentado parcialmente pelo mercado de trabalho aquecido.

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