Dólar acompanha o exterior e fecha em leve baixa ante o real

Publicado 15.10.2025, 17:07
Atualizado 15.10.2025, 17:28
© Reuters

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quarta-feira em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em uma sessão em que os investidores se mantiveram cautelosos em relação aos atritos comerciais entre EUA e China, mas demonstraram apetite por ativos de maior risco, como ações.

O dólar à vista fechou com leve baixa de 0,16%, aos R$5,4622. No ano, a divisa acumula queda de 11,60%.

Às 17h19, na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,31%, aos R$5,4805.

A moeda norte-americana engatou perdas ante o real logo no início do dia, acompanhando a tendência de baixa vinda do exterior, onde comentários “dovish” (brandos) do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, feitos na véspera, continuaram reverberando nos negócios.

Na visão do mercado, Powell reforçou perspectiva de corte de juros pelo Fed nos próximos meses, o que pesa sobre as cotações do dólar.

A moeda norte-americana também era penalizada pelo embate entre EUA e China, ainda que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, tenha afirmado nesta quarta-feira que o país não quer intensificar o conflito comercial com os chineses.

Assim, o dólar cedia ante alguns de seus pares fortes, como o iene, o euro e a libra, e também sustentava perdas ante pares do real, como a rupia indiana, o rand sul-africano e o peso mexicano.

No Brasil, este cenário se traduziu em um dólar na cotação mínima intradia de R$5,4316 (-0,72%) às 11h59.

“O dólar recuou nesta quarta-feira acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana e a recuperação dos preços do petróleo, em um ambiente de maior apetite por risco”, disse à tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito.

Segundo ele, o real se beneficiou do movimento externo “ainda amparado pelo alto diferencial de juros, com a Selic mantida em 15%, o que continua favorecendo o carry trade”.

Em operações de carry trade, investidores tomam empréstimos no exterior, onde os juros são menores, e aplicam no Brasil, onde o retorno é maior.

No restante da tarde, a moeda norte-americana voltou a ganhar força ante o real, se afastando das mínimas, mas ainda assim terminou o dia em queda.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial em operação para rolagem do vencimento de 3 de novembro. À tarde, o BC informou que o Brasil acumulou fluxo de cambial total positivo de US$501 milhões em outubro até o dia 10.

Às 17h18, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,35%, a 98,714.

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