Por Yawen Chen e Nicholas Heath
PEQUIM (Reuters) - A atividade do setor industrial da China expandiu inesperadamente no ritmo mais rápido em quase cinco anos em março, ampliando as evidências de que a segunda maior economia do mundo ganhou força no início deste ano com o boom da construção.
Mas embora a produção tenha acelerado e as novas encomendas domésticas e do exterior tenham melhorado, economistas se perguntam cada vez mais por quanto tempo o crescimento sólido da China pode ser sustentado.
Mais de uma dezena de cidades anunciaram novas medidas em março para desacelerar o mercado imobiliário superaquecido, enquanto o cenário das exportações é ameaçado pela retórica protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China subiu para 51,8 em março sobre 51,6 no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira.
Essa foi a leitura mais forte desde abril de 2012 e bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Economistas esperavam 51,6.
As indústrias também pararam de cortar empregos em março pela primeira vez em quase cinco anos diante da melhora da rentabilidade.
Em um sinal encorajador de que o crescimento econômico da China também está se tornando mais equilibrado e generalizado, a atividade de serviços acelerou no mês passado.
O PMI oficial de serviços avançou a 55,1, nível mais alto desde maio de 2014.
As leituras de atividade e uma série de dados favoráveis para janeiro e fevereiro indicam crescimento sólido no início de 2017.