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Aumento de custos com alimentos eleva preços ao consumidor dos EUA em fevereiro

Publicado 11.03.2020, 11:13
Atualizado 11.03.2020, 11:17
© Reuters.  Aumento de custos com alimentos eleva preços ao consumidor dos EUA em fevereiro

WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram inesperadamente em fevereiro, mas provavelmente cairão nos próximos meses já que o surto de coronavírus diminui a demanda por alguns bens e serviços, superando os aumentos de preços relacionados à escassez de oferta causada por interrupções na cadeia de suprimentos.

O relatório do Departamento do Trabalho desta quarta-feira também mostrou um aumento constante do núcleo da inflação no mês passado.

Os mercados financeiros esperam que o Federal Reserve reduza a taxa de juros novamente em sua reunião de política monetária na próxima semana.

O Departamento do Trabalho disse que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, igualando a taxa de janeiro, com o aumento dos custos de alimentos e acomodações compensando a gasolina mais barata.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o índice subiu 2,3%. Isso ocorreu após um salto de 2,5% em janeiro, que foi o maior ganho na base anual desde outubro de 2018.

Economistas consultados pela Reuters previam que os preços ao consumidor permaneceriam inalterados em fevereiro e aumentariam 2,2% em relação ao ano anterior.

NÚCLEO DE INFLAÇÃO FIRME

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice preços ao consumidor aumentou 0,2% em fevereiro, igualando o ganho em janeiro. O chamado núcleo do aumentou 0,2229% sem arredondamento no mês passado.

O núcleo de inflação em fevereiro foi impulsionado pelo aumento dos preços de vestuário, cuidados pessoais, saúde, carros e caminhões usados e educação. As tarifas aéreas e os preços de recreação caíram.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, núcleo da inflação aumentou 2,4%, após avançar 2,3% por quatro meses consecutivos.

O Fed acompanha o índice PCE para sua meta de inflação de 2%. O núcleo do PCE subiu 1,6% em relação ao ano anterior em janeiro.

(Por Lucia Mutikani)

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