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Banco Central corta os juros para a mínima histórica de 7%

Publicado 06.12.2017, 16:54
Atualizado 06.12.2017, 19:20
© Reuters.  Banco Central corta os juros para a mínima histórica de 7%
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Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu hoje em 0,5 p.p. a taxa básica de juros, que passa a ser de 7% ao ano. Esse é o menor patamar de juros do país desde o início do regime de meta inflação com a adoção do tripé econômico.

O corte veio em linha com o projetado pelo mercado, que ainda se divide entre a possibilidade de uma nova redução na próxima reunião do comitê, marcada para fevereiro.

A decisão de hoje foi a décima do atual ciclo de cortes, iniciado em outubro de 2016, quando a taxa básica era de 14,25%. Ao todo, o Copom cortou 7,25 p.p. da Selic, acompanhando o surpreendente processo de desinflação da economia nos últimos 18 meses.

Desde o pico de 10,71% no acumulado de 12 meses alcançado em janeiro de 2016, o IPCA tem mantido uma trajetória de queda até ficar abaixo do piso de 3% na leitura de junho deste ano. O índice de novembro, último dado disponível, ficou em 2,7%. O mercado aposta que a inflação ficará perto dos 3% em 2017, bem abaixo da meta de 4,5%.

Portas abertas para mais corte

Em seu comunicado publicado após o fim da reunião de dois dias, o comitê optou por não confirmar que esta será a última redução nos juros deste ciclo, mantendo, assim, as portas abertas para um novo corte na reunião de fevereiro, de 0,25 p.p., o que levaria a Selic a 6,75% ao ano.

"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização monetária".

O banco, contudo, voltou a alertar para o risco do descontrole das contas públicas, prejudicial para a sequência do processo desinflacionário e de corte da Selic.

"O Comitê enfatiza que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural."

O comentário do BC vem em meio a reta final das discussões sobre a reforma da Previdência, que conta na última semana com uma forte ofensiva do governo para angariar os 308 necessários para aprovar a mudança.

Entre as contagens de diversos membros da base aliada, nenhuma cravou que o governo tenha os votos para levar o tema à votação na próxima semana, como o Planalto gostaria. Ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura, disse a um aliado que o governo não contaria nem com 170 votos firmes, o que provocou forte queda no Ibovespa.

Os números mais otimistas, trazidos pelo relator da reforma, o tucano Artur Maia, contabilizam cerca de 290 deputados alinhados com o governo.

Recorde mínimo

A taxa de juros de 7% é a menor da série histórica iniciada com a adoção do tripé econômico em 1999. O recorde anterior de 7,25% foi alcançado em outubro de 2012, quando o BC, na época comandado por Alexandre Tombini, sofreu pressão política para seguir cortando juros, apesar da tendência desfavorável da inflação oficial, pressionada pelo consumo e, a seguir, pelos reajustes após anos de repressão dos preços controlados, a seca que pressionou o preço de energia elétrica e provocou quebra de safras.

Neste período de metas de inflação, a Selic chegou ao seu ponto máximo de 26,5% ao ano entre fevereiro e maio de 2003, como consequência da forte inflação. Na época, o IPCA disparou pressionado pela desvalorização do real frente ao dólar, com investidores reagindo à eleição de Lula à presidência da República.

Desde o início do Plano Real, contudo, a Selic chegou aos 45% em março de 1999, em uma tentativa quase desesperada do governo Fernando Henrique Cardoso de manter a entrada de dólar no Brasil, enquanto o país migrava do câmbio fixo para o atual câmbio flutuante, em meio às crises russa e asiática do fim dos anos 1990.

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