O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, disse nesta quinta-feira, 23, que a política monetária será conduzida "da forma que for necessária" para levar a inflação ao centro da meta. Ele evitou, no entanto, dar pistas sobre qual será a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), lembrando que o colegiado decidiu retirar a sinalização, o chamado "forward guidance", para a reunião de 18 e 19 de junho.
Durante palestra em seminário promovido pelo Centro Europeu de Economia e Finanças, Guillen avaliou que houve muita "atenção e drama" sobre a última decisão do Copom, quando os quatro diretores indicados pelo governo votaram por juros mais baixos.
"Nossa visão é de que a política monetária deve ser mais cautelosa, restritiva e flexível", declarou Guillen, ressaltando que, independente da fonte de desancoragem das expectativas, o BC quer levá-las ao centro da meta. "Mais importante é que todos concordaram que a política monetária deveria ser mais contracionista", acrescentou, ao abordar o racha no último Copom.
Ele lembrou que também houve consenso entre os diretores do BC de que a política monetária teria que ser mais flexível, retirando o "forward guidance".