PEQUIM (Reuters) - A China baseará o ritmo e a intensidade da política monetária na economia doméstica e nas tendências da inflação no segundo semestre do ano, disse uma autoridade do banco central local nesta terça-feira, após um corte de compulsório inesperado para reforçar a recuperação econômica.
Sun Guofeng, chefe do departamento de política monetária do Banco do Povo da China, disse que a política monetária priorizará a estabilidade e se concentrará nas condições domésticas, acrescentando que um possível aperto pelo Federal Reserve teria um impacto limitado no país asiático.
"É normal que os Estados Unidos e a China tenham operações diferentes na sua política monetária", disse Sun.
"A postura de política monetária prudente da China não foi alterada."
O banco central chinês anunciou na sexta-feira que vai cortar a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reserva, liberando cerca de 1 trilhão de iuanes (154,67 bilhões de dólares) em liquidez de longo prazo para sustentar sua recuperação econômica pós-Covid, que está começando a perder ímpeto.
A autoridade monetária cortou sua taxa de compulsório pela última vez em abril do ano passado, quando a economia chinesa ainda estava gravemente afetada pela crise do coronavírus.
(Por Shen Yan, Stella Qiu e Ryan Woo)