Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central discutirá uma estratégia para sair da política monetária ultrafrouxa quando sua meta de inflação de 2% estiver ao alcance.
O destino das compras do banco central e da carteira de ETFs também será discutido quando o banco considerar a saída da política ultrafrouxa, acrescentou.
"Consideraremos o fim do controle da curva de rendimento e das taxas de juros negativas se pudermos esperar que a inflação atinja de forma estável e sustentável nossa meta de 2%", disse Ueda em um depoimento semestral ao Parlamento nesta sexta-feira.
"Qual parte do estímulo encerraremos, e em que ordem, dependerá das condições econômicas, financeiras e de preços no momento", disse Ueda.
Por enquanto, o Banco do Japão deve manter "pacientemente" a política monetária ultrafrouxa, pois ainda não está convencido de que o Japão verá a inflação atingir 2% de forma sustentável, acrescentou.
"É provável que a tendência da inflação acelere gradualmente em direção à nossa meta de inflação de 2% até o ano fiscal de 2025. Mas isso precisa ser acompanhado de um ciclo positivo de inflação e salários", disse Ueda.
"A incerteza sobre se o Japão verá esse ciclo positivo de inflação salarial é alta."
Com a inflação excedendo sua meta de 2% por mais de um ano, Ueda está sob pressão para desmantelar o estímulo maciço de seu antecessor, que consiste em um controle de rendimento de títulos, taxa de juros de curto prazo negativa e compras de ativos.