Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) deve manter as taxas de juros nesta quinta-feira mas terá que lidar com uma lista crescente de obstáculos que ameaçam mais uma vez atrapalhar seus esforços para reanimar o crescimento e a inflação.
Os problemas dos bancos da Itália, a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia e a escassez de títulos para comprar em seu programa de compras de ativos podem exigir alguma ação, afetando as esperanças do presidente do BCE, Mario Draghi, de que o banco teria terminado seu trabalho após anos de medidas de estímulo extraordinário.
Avesso a medidas precipitadas, Draghi recorrer a manobras verbais, destacando os elevados riscos e abrindo a porta pra mudanças já em setembro, quando o banco divulga novas estimativas econômicas.
O truque será parecer "dovish" o suficiente para sinalizar prontidão para agir sem se comprometer.
"Draghi vai provavelmente lidar com preocupações do mercado sobre a política monetária do BCE usando um tom dovish e possivelmente indicando mais ação mais tarde neste ano", disse o economista Florian Hense, do Berenberg. "Para o BCE é importante manter em aberto suas opções."
O banco anunciará sua decisão às 8:45 (horário de Brasília) e Draghi dará entrevista à imprensa às 9:30.