Los Cabos (México), 19 jun (EFE).- As 20 potências mais influentes do planeta concluíram nesta terça-feira a sétima cúpula do G20 com um claro respaldo aos planos da União Europeia para sair da crise a partir de uma maior integração fiscal e bancária, segundo a Declaração Final do encontro de Los Cabos, no México.
"Apoiamos passos concretos rumo a uma arquitetura financeira mais integrada", disse o documento. As medidas apresentadas para chegar a esse objetivo são uma nova união bancária europeia com um supervisor único, capacidade para liquidar e capitalizar entidades e um fundo de garantia de depósitos unido.
Além disso, na reunião de Los Cabos, o G20 concordou com ações para impulsionar o crescimento equilibrado no mundo todo, a utilização de mais recursos para uma atuação do FMI nas crises, uma chamada contra o protecionismo comercial e iniciativas concretas em prol da segurança alimentar e inclusão financeira.
O eixo central da Cúpula do G20 e da declaração final foi a crise europeia. No documento, os países afirmaram que serão tomadas todas as medidas necessárias para proteger a integridade e a estabilidade da região, a partir de duas medidas concretas: melhorar o funcionamento dos mercados financeiros e romper o círculo vicioso entre bancos e dívida soberana dos países.
O grupo das 20 potências mais influentes do planeta inclui um grupo com quatro membros europeus (Alemanha, Itália, França e o Reino Unido), mais a Espanha, que participou como convidado permanente. A próxima reunião do G20 ocorrerá em junho do próximo ano em São Petersburgo, se a situação internacional não solicitar uma reunião de líderes antecipada.
Dessa forma, os chefes de Estado, de Governo e do G20 querem deixar as diretrizes estabelecidas para avançar em um projeto comum de crescimento estável e sustentável. "Atuaremos todos juntos para fortalecer a recuperação e enfrentar as tensões dos mercados financeiros", destacou.
Além da Europa, na Cúpula do G20 foi possível um importante avanço na decisão de munir o Fundo Monetário Internacional (FMI) com um poderoso "firewall" no valor de 450 bilhões de euros.
Na Declaração Final, o grupo estabelece que o dinheiro será utilizado como uma rede de segurança para futuras crises e para preservar a estabilidade financeira global. EFE