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Desemprego no Brasil cai a 11,6% no tri até novembro em retomada marcada pela informalidade

Publicado 28.12.2018, 09:50
© Reuters. Mulher desempregada segura carteira de trabalho em fila de inscrições para vaga de emprego em São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) - O número de desempregados no Brasil chegou a pouco mais de 12 milhões no trimestre encerrado em novembro com a oitava queda seguida da taxa de desemprego, dando continuidade a uma recuperação lenta do mercado de trabalho e pela informalidade recorde.

A taxa de desemprego do Brasil atingiu 11,6 por cento nos três meses até novembro, de 11,7 por cento no trimestre até outubro, porém em um cenário marcado também pelo desalento dos trabalhadores.

O dado que consta da Pnad Contínua e apresentado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou levemente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 11,5 por cento no período.

No trimestre até novembro, o número de desempregados no Brasil caiu a 12,206 milhões, contra 12,351 milhões no trimestre até outubro e 12,571 milhões no mesmo período do ano passado.

O número de desalentados nesse período, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, permaneceu alto, embora tenha mostrado redução a 4,705 milhões de 4,733 milhões no trimestre até outubro.

Em uma economia que caminha sem fôlego expressivo, o trabalho formal continua em degradação e, de acordo com o IBGE, a informalidade atingiu no trimestre até novembro nível recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, em meio a fatores como a falta de estabilidade, o rendimento baixo e a falta de segurança previdenciária.

O emprego com carteira assinada registrou queda de 0,8 por cento em relação aos três meses até novembro de 2017, a 32,962 milhões de pessoas.

Por sua vez, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi a 11,689 milhões, o que representa um aumento de 4,7 por cento na comparação com o ano passado.

"Desde o segundo trimestre de 2018, percebeu-se queda significativa da desocupação, o que seria uma notícia excelente não fosse o fato de ela vir acompanhada por informalidade. Ou seja, em termos de qualidade, há uma falha nesse processo de recuperação", afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

O IBGE apontou ainda que o rendimento médio do trabalhador foi de 2.238 reais no trimestre até novembro, contra 2.235 reais nos três meses até outubro e também 2.235 no mesmo período de 2017.

Em novembro, o Brasil registrou criação líquida de 58.664 vagas formais de emprego, no melhor dado para o mês desde 2010, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

© Reuters. Mulher desempregada segura carteira de trabalho em fila de inscrições para vaga de emprego em São Paulo

(Por Camila Moreira)

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