Com o início do processo de sucessão no Banco Central dado como certo até o fim do mês, o comandante atual da instituição, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira que tentou escapar dos ruídos políticos neste seu fim de gestão. A declaração foi feita durante o Barclays (LON:BARC) Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo.
Campos Neto deixa o BC em 31 de dezembro e, ao que tudo indica, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, será o próximo presidente da autarquia.
No evento, ele evitou falar sobre o que pretende deixar como legado à frente da instituição. "É uma pergunta muito difícil, porque é um grupo, é um esforço de grupo, então não é nada que eu fiz especificamente, eu não poderia ter feito nada sem o grupo", considerou.
Ele citou, porém, que os encontros com os demais presidentes de BCs é algo que mereceu destaque. "Foi algo que, para mim, foi muito bom. Eu aprendi muito com eles, eu aprendi muito com as pessoas."
Campos Neto aproveitou para enfatizar que há "um monte de barulho político" que ocorreu e que também as pessoas tentam colocar sobre o presidente da entidade. "Eu tentei ficar longe disso e pensar no que são as entregas que as pessoas se lembram. Então, quanto mais pudemos entregar, mais as pessoas se lembrarão do seu trabalho. Então, eu tento não reagir ao barulho no curto prazo e eu tento pensar o que podemos fazer em termos de entregas."