Investing.com - O mercado cravou, nesta terça-feira, probabilidade de 100% de que o Federal Reserve (Fed) decidirá aumentar a taxa de juros em 25 pontos-base, para 0,50% a 0,75%, na reunião de 13 e 14 de dezembro.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed, na semana passada, a probabilidade registrada foi de 85,8% e de 95,4% nesta segunda.
O mercado também acredita em um segundo ajuste nas taxas em junho de 2017, com a probabilidade ficando em 53,3% nesta terça-feira. Isso em comparação a apenas 41,3% de chance na semana passada.
A elevação da probabilidade ocorreu depois que a presidente do Fed, Janet Yellen, declarou, na última semana, em seu pronunciamento ao painel do congresso sobre as perspectivas para a economia, que o Fed acreditava que, antes da reunião de 2 de novembro, "um aumento nos juros poderia ser apropriado relativamente em breve se os dados futuros fornecessem mais evidências de continuidade do progresso em relação aos objetivos do Comitê."
Os mercados de títulos da dívida também teriam descontado uma chance de 100% de alta no fim do ano, de acordo com os cálculos da Bloomberg.
O dólar continuou seu movimento de alta frente a outras das principais moedas do mundo nesta terça-feira, aproximando-se da máxima de 14 anos em meio às expectativas de aumento do gasto fiscal sob a administração Trump e elevação das taxas de juros nos EUA.
Nas notícias recentes sobre o futuro político americano, o Presidente eleito, Donald Trump, prometeu que removerá os Estados Unidos do Tratado Transpacífico (TPP) em seu primeiro dia de governo.
O acordo comercial TPP foi assinado por 12 países - incluindo os Estados Unidos, Japão, Malásia, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e México e impressionantemente excluindo China - representando 40% da economia mundial.
No vídeo em que anunciou suas intenções, Trump explicou que o TPP era "um potencial desastre para o nosso país" e prometeu "firmar acordos comerciais bilaterais e justos que gerassem emprego e atividade industrial novamente no território americano".
Espera-se, das intenções das políticas de Trump, a elevação da inflação nos Estados Unidos e assim o aumento do aperto das políticas do Fed, suportando a moeda americana.
Às 11h11, o índice dólar americano registrou alta de 0,11%, a 101,05. O índice fechou a 101,41 na sexta-feira passada, próximo da máxima de fechamento desde abril de 2003, após atingir a máxima do dia, a 101,54.