Por Swati Pandey e Vatsal Srivastava
SYDNEY/CINGAPURA (Reuters) - China, Taiwan e Nova Zelândia decidiram não agir após o banco central dos Estados Unidos elevar os juros na quarta-feira, mas Indonésia e Filipinas tomaram medidas nesta quinta-feira para sustentar suas moedas e conter os riscos à inflação e à estabilidade financeira.
E um comunicado que marcou o fim da era da política monetária "expansionista", autoridades do Federal Reserve elevaram os juros em 0,25 ponto percentual, para 2,00 a 2,25 por cento. O Fed prevê mais um aumento em dezembro, outros três no próximo ano e mais um em 2020.[nL2N1WC27D]
As perspectivas do Fed estão pressionando as moedas asiáticas, mas nem todos os países precisam mudar sua política monetária. A Nova Zelândia está confortável com uma moeda mais fraca <NZD=> uma vez que isso ajuda seus exportadores.
Na China, um iuan <CNY=> mais fraco até levanta preocupações sobre saída de capital, mas sua moeda é controlada e o país também tem ferramentas de controle de capital para mitigar riscos financeiros.
Entretanto, para países com maior déficit comercial, moedas mais fracas apresentam riscos para a inflação, crescimento e estabilidade financeira.
"Economias como Índia e Indonésia estão mais expostas a fluxos de saída...Continuaremos a ver mais depreciação em 2018 e durante 2019, embora talvez a um ritmo mais lento", disse Carlos Casanova, economista do Coface.
O banco central das Filipinas elevou os juros em 0,50 ponto percentual, a 4,50 por cento, para conter a inflação e sustentar o peso, chegando a três altas em um total de 1 ponto percentual desde maio.
Já o BC da Indonésia promoveu aumento de 0,25 ponto, após quatro altas anteriores neste ano, levando os juros a 5,75 por cento como esperado.
O peso <PHP=> está sendo negociado em torno de seu nível mais baixo em 12 anos, tendo perdido 8 por cento contra o dólar no ano até o momento. A rúpia <IDR=> está em torno da mínima de duas décadas após queda de 9 por cento.