CARACAS (Reuters) - A procuradoria da Venezuela disse nesta sexta-feira que está investigando uma suposta conexão do ex-ministro e ex-presidente da PDVSA Rafael Ramírez com um esquema de corrupção numa filial da petroleira estatal em Viena, que resultou em perda de 4,8 bilhões de dólares em pelo menos seis anos.
No âmbito do caso, o procurador Tarek Saab anunciou a prisão da ex-diretora geral do Escritório de Determinação do Petróleo para Exportação, Nélida Izarra, por estar supostamente vinculada a "transações irregulares de compra e venda de petróleo".
A instância faz parte do Escritório de Inteligência de Mercado e Política Petroleira, filial da PDVSA em Viena, disse a procuradoria.
O Ministério Público também determinou a detenção do gerente geral do escritório em Viena, Bernard Mommer De Grave, da gerente Irama Quiroz de Mommer e da consultora legal MarianaZerpa.
"Estamos investigando a vinculação direta destes cidadãos, como o ex-presidente da PDVSA e o ministro à época, no desenvolvimento desse esquema de corrupção, dado que esse cidadão foi o principal criador deste escritório", disse o funcionário.
Ramírez, que comandou a petroleira por mais de uma década durante o mandato do falecido Hugo Chávez, negou as acusações em entrevista à Reuters, as quais qualificou como "uma das piores manobras políticas".
(Por Deisy Buitrago)